Manaus (AM) –No Amazonas, foram notificados 9.035 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes entre 2019 e 2023, segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).
O Boletim Epidemiológico da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes no Estado do Amazonas, que marca a passagem do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual, neste sábado (18), está disponível em: abre.ai/jNwm.
Segundo a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, os dados enfatizam análise dos padrões sociodemográficos que delineiam o perfil das vítimas desse tipo de violência.
“Este boletim é um instrumento para entender a gravidade desse problema e orientar políticas públicas eficazes de prevenção e combate”, afirmou a diretora.
O boletim ressalta que 37,3% das vítimas estavam na “5ª à 8ª série incompleta”, em termos de escolaridade. Em relação aos locais de ocorrência, 80,5% dos casos de violência sexual ocorreram na residência, e menos da metade dos casos notificados (40,8%) foram encaminhados ao Conselho Tutelar.
A coordenadora da vigilância de violências e acidentes (VIVA) do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE) da FVS-RCP, Cassandra Torres, acrescenta que esses dados destacam a importância da educação e da conscientização nas escolas para prevenir a violência sexual.
“Essa faixa etária é especialmente vulnerável devido às mudanças físicas, emocionais e sociais pelas quais estão passando. Isso evidencia a necessidade de fortalecer os mecanismos de proteção e denúncia”, afirma Cassandra.
Ato Faça Bonito
Ainda neste sábado (18), a FVS participou do ato público “Faça Bonito vai à Praça”, em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.
O evento ocorreu, na manhã de sábado, na Praça Heliodoro Balbi, também conhecida como “Praça da Polícia”), no Centro de Manaus.
Na ocasião, o responsável pelo Planejamento, Emergência em Saúde Pública e Ações Estratégicas da FVS-RCP, Augusto Zany, falou da importância das instituições agirem de forma integrada no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes.
“É preciso agir de forma integrada, com as instituições e serviços da saúde, educação, segurança pública, direitos humanos e assistência social para que possamos intervir de forma oportuna nessas violências”, disse.
(*) Com informações da assessoria
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