
(Foto: Divulgação/CMM/ Gilmar Felix/Câmara dos Deputados)
Manaus (AM) – Com um histórico de diversas polêmicas na vida política, os ex-vereadores Henrique Oliveira e Reizo Castelo Branco, que foram os mais votados nas eleições de 2008 e 2012, respectivamente, tentam mais uma vez conquistar uma das 41 cadeiras da Câmara Municipal de Manaus (CMM). No entanto, a popularidade de ambos no pleito deste ano parece não ser mais a mesma.
Com uma votação expressiva em 2008, na vitória de Amazonino Mendes ao cargo de prefeito de Manaus, Henrique Oliveira, conhecido como “Cabeção”, atualmente faz parte do Partido Liberal – ligado ao candidato a prefeito de Manaus – Capitão Alberto Neto.
Naquela disputa à CMM, foi o mais votado do pleito, com 35.518 votos. Em 2010, Henrique foi de vereador a deputado federal, sendo eleito com cerca de 85.535 votos. Dois anos depois, em 2012, tentou se eleger prefeito de Manaus, mas não obteve sucesso.
Reizo Castelo Branco, filho do também ex-vereador Sabino Castelo Branco, disputa o pleito deste ano pelo partido do atual prefeito de Manaus, David Almeida, o Avante. Em seu segundo mandato, em 2012, foi o mais votado, com 18.109 votos, enquanto Arthur Neto foi eleito prefeito de Manaus. Em seu primeiro mandato, em 2008, Reizo recebeu apenas 12.327 votos, posicionando-se em terceiro lugar nas eleições daquele ano. Ele também ficou em terceiro nas eleições de 2016.
Polêmicas durante os mandatos
Considerando todo esse repertório político em eleições anteriores, o cenário dos candidatos na disputa de 2024 é totalmente diferente, com ambos não aparecendo como favoritos e nem cogitados a conquistar uma vaga na CMM. Além disso, seus mandatos foram repletos de polêmicas. Reizo Castelo Branco, por exemplo, foi apontado em 2014 como o parlamentar que mais faltou às sessões plenárias da Casa, com 33 ausências e 81 comparecimentos.
Ele também foi investigado pela sua campanha de 2018 pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e, não tendo passado pelo “pente fino” da Justiça, foi obrigado em 2022 a devolver valores referentes à desaprovação da prestação de contas da campanha de 2018, quando concorreu ao cargo de deputado federal.
Henrique Oliveira, por sua vez, foi investigado pela Polícia Federal na Operação Amor Fantasma em 2022, que apurou irregularidades envolvendo o candidato, sua ex-esposa e três empresas que tinham um sócio em comum. Segundo declarações da PF, a operação foi destinada à repressão de possíveis crimes de caixa 2 eleitoral. As autoridades afirmaram que a ex-esposa de Oliveira teria recebido uma quantia significativa em dinheiro de um partido político, cerca de R$ 1,5 milhão, que foi repassado às empresas investigadas.
Em 2017, o “Cabeção” era vice do governador do Amazonas, José Melo, que teve seu mandato cassado por um placar de 5 a 2 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O TSE decidiu pela cassação do mandato de Melo por compra de votos, com o conhecimento e anuência do governador.
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