Manaus, 6 de maio de 2024
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Brasil

Dono de curso que ensina tortura passa a ofender seguidores na internet

O empresário Evandro Guedes partiu para ofensas privadas. Ele xingou uma seguidora

Dono de curso que ensina tortura passa a ofender seguidores na internet

(Foto: Reprodução)

Dono do curso preparatório para entrar na Polícia Rodoviária Federal e outros órgãos públicos e que ensina alunos a torturarem, o empresário Evandro Guedes partiu para ofensas privadas a seguidores que criticaram seu curso. Candidato ao Senado pelo PL de Jair Bolsonaro, Guedes xingou uma seguidora que criticou a prática de câmara de gás, que causou a morte de Genivaldo de Jesus, de “Patricinha maconheira”, “puta” e “feiosa”.

Guedes ameaçou processar a seguidora e disse que “arrasta multidões” a seu curso. Em um determinado momento da discussão, o dono do Alfacon afirmou, como se num autoelogio, que é “bolsonarista” e “milionário”. Disse ainda que será candidato ao Senado. Ele é filiado ao PL, mesmo partido do presidente. O candidato do PL ao Senado no Paraná é, porém, Paulo Martins.

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Na semana passada, foi noticiado que Guedes também já disse falas racistas e violentas em suas aulas. Numa delas, disse que “descobriu que gosta de bater nas pessoas”.

“O desgraçado do favelado. É isso mesmo, feio para caralho, mijou na latinha de Coca-Cola e mandou, num calor desgraçado 4 e meia da tarde num domingo. Aquela porra bateu nas minhas costas e até hoje eu tenho uma raiva… E a latinha subiu e o xixi veio, chegou a entrar no meu nariz, fiquei todo mijado. Porra, mijo de favelado, a porra dos favelados, a crioulada, todo mundo rindo. O capitão mandou bater em todo mundo. Foi o primeiro ato de execução de maldade e crueldade que eu fiz, puta que pariu. Ali eu descobri que eu gosto de bater nas pessoas, e ponto. É uma coisa que eu gosto de fazer, e tive que me controlar por anos para não dar merda”.

Jair Bolsonaro fez propaganda do curso Alfacon em 2019. Eduardo Bolsonaro já foi convidado de uma das aulas do curso. Foi num das aulas que o filho do presidente disse que “bastava um soldado e um cabo para fechar o STF”.

Procurado para esclarecer sua afirmação de que será senador de seu estado e sobre as ofensas à seguidora, Guedes não respondeu. O espaço está aberto para manifestações.

*Com informação do Metrópoles