Manaus, 20 de abril de 2024
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Economia

Construção Civil no Amazonas terá crescimento de 20% em 2019

Desde a crise econômica que atingiu o país, o setor começou a mostrar sinais de instabilidade no Estado. Embora 2018 tenham começado com saldo negativo, o cenário vem mudando

Construção Civil no Amazonas terá crescimento de 20% em 2019

(Foto: Divulgação)

O Setor de Construção Civil no Amazonas começa a dar sinais de retomada neste fim de ano, a previsão para o acumulado de 2019 é de 20%, segundo aponta os empresários amazonenses. Desde a crise econômica que atingiu o país, o setor começou a mostrar sinais de instabilidade no Estado. Embora 2018 tenham começado com saldo negativo, o cenário vem mudando.

Para o diretor-presidente da Cristal Engenharia, Jorge Roldão, o setor vem melhorando, principalmente, levando em consideração a troca de governo e, que um aumento no setor é interpretado como efeito colateral.

“Recebemos com otimismo a melhora. Não é mais uma expectativa, hoje, o que vemos é uma realidade constatada. Sentimos os nossos investidores aumentando a confiança depositada e penso que se continuar assim e se manter um cenário político favorável nossa projeção chega próximo dos 20% de crescimento”, afirmou.

A aposta para 2019 é de um saldo de 20% de crescimento para setor da construção civil – (Foto: Divulgação)

Quanto aos futuros novos empreendimentos e contratação na mão de obra, o empresário é direto. “Considero um efeito colateral, pois se houver maior número de vendas, consequentemente, iremos contratar mais funcionários. Isso se torna um ciclo virtuoso, onde essas diretrizes rotatórias acontecem de acordo com o cenário apontado”, conta Jorge Roldão.

O presidente do Sindicato da Indústria de Construção Civil (Sinduscon-AM), Frank Souza, explica que além da retomada gradativa da confiança na economia, a volta dos lançamentos de imóveis na capital tem contribuído com a criação e manutenção de postos de trabalho. Até o terceiro trimestre do ano, foram lançados cinco empreendimentos, em Manaus.

“Existia uma segurança jurídica muito grande em relação à quebra de contratos e 10% dos negócios que poderiam ter sido fechados ou lançados deixaram de ser, por conta da insegurança”, disse.

Segundo o presidente do Sindicato, os bancos – que possibilitam financiamento aos empresários e compradores – continuam exercendo papel fundamental na retomada de lançamentos com impacto na geração de empregos e nas vendas.

“Esperamos que o recurso, pelos bancos, principalmente pela Caixa Econômica, que tem sido responsável por 70% até 90% do fornecimento de crédito no mercado da construção, se mantenha no novo governo”, completa.

Número Nacional

O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, (FGV) subiu 0,8 ponto em dezembro, na comparação com novembro e alcançou 85,5 pontos. É o maior nível desde dezembro de 2014, quando chegou a 88,8 pontos.

Segundo a pesquisadora da FGV Ana Maria Castelo, os empresários perceberam melhora no ambiente de negócios da construção ao longo de 2018, “mas isso não vai se traduzir em um resultado positivo para o PIB do setor”.

O Índice de Situação Atual, que mede a percepção sobre o presente, subiu 0,6 ponto de novembro para dezembro e chegou a 74,7 pontos, o maior nível desde abril de 2015 (75,5 pontos).

O Nível de Utilização da Capacidade do setor avançou 1,9 ponto percentual, para 66,6%. As expectativas de recuperação da demanda do setor estão se refletindo positivamente nas intenções de contratação.

A proporção de empresas que relatam redução no quadro de pessoal para os próximos meses caiu de 26,2% em dezembro de 2017, para 20,5% em dezembro de 2018. A parcela de pessoas que reportaram aumento subiu de 13,9% para 19,5%.