Manaus, 19 de abril de 2024
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Economia

Em seis anos, Polo Industrial de Manaus aumenta faturamento e reduz empregos

Informática eletrônicos e óticos é a atividade que mais ocupa pessoal e aquela que mais fatura

Em seis anos, Polo Industrial de Manaus aumenta faturamento e reduz empregos

Entre 2012 e 2018 – anos antes da pandemia do novo coronavírus paralisar as atividades econômicas no Amazonas – o Polo Industrial de Manaus (PIM) perdia mais de 30 mil postos de trabalhos. Mesmo com a redução de pessoal, o faturamento aumentou 32,3% no mesmo período, alcançando 100 bilhões.

Em 2018, o setor tinha 1.079 empresas ativas ocupando 94.074 mil pessoas e pagaram um total de R$ 4,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. 

Para se ter uma ideia nesse mesmo ano, o Estado do Pará tinha 1.936 empresas com 97.506 mil trabalhadores empregados. Já São Paulo – líder absoluto no país – registrava 54.676 unidades empresariais e mais de 2,3 milhões de funcionários.

Os dados são da Pesquisa Industrial Anual – Empresa (PIA – Empresa), divulgada nesta quinta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Faturamento

De acordo com o IBGE, a receita líquida de vendas, teve o seu melhor desempenho em sete anos, alcançando R$ 100 bilhões em 2018,  aumento de 32,3%. O crescimento foi 16,7% frente ao ano anterior, que faturou R$ 85 milhões. No inicio da pesquisa, em 2012, o valor era de R$ 75 milhões. 

O ranking das atividades industriais com maior número de pessoas ocupadas é liderado por fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (25.639 pessoas ocupadas). Já a atividades com maior número de empresas é a fabricação de produtos alimentícios (188). 

Mão de obra 

Em 2012, o PIM tinha 1.066 empresas que empregavam cerca de 124,3 mil pessoas. No ano seguinte, o setor teve seu melhor desempenho com 1.269 unidades locais ocupando 139 mil trabalhadores.

Por outro lado, 2017 foi o pior ano da industria amazonense quando registrou 1.108 empresas e 93,4 mil funcionários.

Do total de empresas em 2018, 98,7% delas ou 1.065 unidades eram indústrias de transformação, enquanto 1,3% extrativas. Ao mesmo tempo, a atividade ocupava mais pessoas, 97,7% do total de 94 mil. Enquanto a indústria extrativa ocupava 1.905 pessoas (2%). 

“Em seis anos, a industria amazonense perdeu 24% dos postos de trabalhos e aumentou a receita de venda em 32%, fechando 2018 com 100 bi em receita. Vale destacar que mesmo com redução de gastos com pessoal, os salários cresceram 9,2%”, explicou o representante do IBGE/AM, Adjalma Nogueira Jaques.

“A pesquisa também mostra indústria amazonense ocupou menos mão-de-obra que a paraense. Informática eletrônicos e óticos; outros equipamentos e borracha e plástico são as atividades que mais empregam no PIM, juntas empregam 48 mil postos de trabalhos”, completou.