Manaus, 23 de abril de 2024
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Manaus, 23 de abril de 2024

Economia

Empresários pedem que comércio seja reaberto para segurar empregos

Empresários pedem que as lojas de rua sejam abertas na próxima segunda-feira, 30, e que os shoppings centers voltem a funcionar no dia 7 de abril.

Empresários pedem que comércio seja reaberto para segurar empregos

Foto: Amazonas1

O comércio de Manaus está com as portas fechadas desde a última terça-feira, 24, conforme o decreto estadual de nº 42.101, em que o governador Wilson Lima (PSC) estabelece calamidade pública devido ao novo coronavírus.

Para reduzir os impactos e os prejuízos aos lojistas, a Confederação de Dirigentes Lojistas (CDL) de Manaus, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomercio-AM) e o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e outras dez entidades, assinaram uma carta conjunta, na quinta-feira, 26, que foi entregue ao governador, pedindo que as lojas de rua sejam abertas na próxima segunda-feira, 30, e que os shoppings centers voltem a funcionar no dia 7 de abril.

“Estamos trabalhando em uma linha para diminuir os impactos, como fazer uma programação para fazer a abertura e ampliar algumas empresas que exigem muita necessidade. Estamos fazendo teleconferências, para depois imaginarmos o volume que foi perdido”, disse ao Amazonas1 o presidente da CDL Manaus, Ralph Assayag.

Assayag afirmou que a maior preocupação no momento é segurar os empregos e reduzir as dispensas, tendo em vista que a previsão inicial, nos três primeiros meses de fechamento absoluto dos comércios, pode chegar a 40 mil postos de trabalho perdidos.

“Temos o número de lojas que vão poder trabalhar com delivery, área de apanho de produtos. Estamos reorganizando para dar liberdade para algumas empresas também abrirem. Estamos estudando uma forma de reduzir esse tempo de fechamento e estamos pedindo aos empresários que deem férias aos funcionários e com as férias poderemos pensar com mais tranquilidade para poder tomar decisões junto ao governador”, disse.

A CDL Manaus ainda informou que todo o protocolo de distância e limpeza está sendo seguido.

“O governador está com muito equilíbrio, principalmente, junto às fábricas, fazendo o passo a passo e dando remédio na hora certa. O governador montou um grupo, onde nós estamos discutindo sobre o fechamento de cada estabelecimento e isso tudo está levando a uma certa tranquilidade. Temos que fazer a nossa parte”, afirmou.

As medidas do decreto estadual obrigam o fechamento de comércios e shoppings da capital, com exceção de serviços essenciais como supermercados, farmácias, açougues e padarias.

Situação delicada

O presidente da Fecomercio-AM, Aderson Sousa, afirmou à reportagem que a situação é muito delicada.

“A principal providência é proteger a vida das pessoas. Não obstante, gerando pânico e paralisando a população não será possível criar soluções pertinentes. Radicalizar, mesmo no bom sentido, pode não gerar a melhor solução. Precisamos, por outro lado, manter a economia funcionando, observando todos os cuidados, para que a população permaneça abastecida e não tenhamos que viver uma nova recessão que volte a proporcionar desemprego e dificuldades para as famílias”, defendeu Aderson.

Para a Fecomércio-AM, o  papel do comércio é servir a população no tocante ao abastecimento de bens e serviços fundamentais. “Paralisar economia não nos parece ser a solução definitiva. Precisamos conversar e compartilhar opiniões para produzir as melhores decisões”, disse.