Manaus, 29 de março de 2024
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Economia

Pesquisa da Suframa aponta impactos da covid-19 no comércio de Manaus

Levantamento apontou que 44.2% das empresas estavam sem funcionar entre 21 e 29 de maio de 2020

Pesquisa da Suframa aponta impactos da covid-19 no comércio de Manaus

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Cerca de 40% das empresas do comércio manauara afirmaram que o faturamento caiu por completo desde o início da pandemia do novo coronavírus. Apenas 9,1% das empresas comerciais afirmaram que seu faturamento se manteve estável ou aumentou nos tempos recentes. As demais sofreram quedas em algum nível no faturamento.

Os dados fazem parte de uma ação da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) em parceria com a Câmara de Dirigentes de Lojistas de Manaus (CDL Manaus) sobre o monitoramento dos impactos econômicos ocasionados pela doença.

A pesquisa foi realizada, no período de 21 a 29 de maio de 2020, através de formulário eletrônico e obteve 120 respostas, das quais 86,7% das empresas se classificaram como varejistas e 13,3% como atacadistas. Todas foram questionadas sobre porte, regime de funcionamento, variação do faturamento, necessidade de realizar demissões do quadro de funcionários e os principais dificuldades enfrentadas.

Os resultados evidenciaram que no momento de participação de pesquisa, apenas 9,2% disseram operar normalmente, 46,6% estavam operando com algum tipo de restrição de funcionamento e os 44,2% de empresas restante não estavam em funcionamento algum.

Em relação ao impacto no faturamento operacional, 40% das empresas afirmaram que seu faturamento cessou por completo desde a pandemia e apenas 9,1% das empresas comerciais afirmaram que seu faturamento se manteve estável ou aumentou nos tempos recentes. As demais sofreram quedas em algum nível no faturamento.

Entre os principais problemas apontados para a queda de faturamento, a “impossibilidade de funcionamento normal por força de decreto do poder público”, foi apontada por 67,5% das empresas participantes, seguida de “insuficiência de capital de giro e dificuldade de acesso à crédito financeiro” e “redução da demanda pelos clientes”, ambos apontados por 60,8% das empresas.

Mercado de trabalho

Quanto ao mercado de trabalho, os resultados indicam que 56,6% das empresas participantes já haviam demitido até o momento da pesquisa, em contraposição à 43,3% das empresas que não demitiram. Contudo, 30,8% do grupo de empresas participantes que ainda não haviam demitido, admitiram a expectativa de demitir nos próximos 30 dias.

Como sinal atenuante, em relação ao grupo de empresas que já precisaram realizar alguma demissão até o momento de participação da pesquisa, 51,5% não tinham expectativa de realizar novas demissões nos próximos 30 dias.

Em relação à expectativa de alteração do quadro de empregados nos 30 dias seguintes à participação da pesquisa, 59,2% das empresas participantes esperam manter seu quadro de funcionários, 34,2% acreditam que precisarão realizar alguma demissão, enquanto que 6,7% consideram contratar novos funcionários.

O resultado completo está disponível no site da Autarquia (gov.br/suframa).

 

(*) Com informações da assessoria