Manaus, 29 de junho de 2024
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Cenário

Em ano eleitoral, Braga usou mais verba do Senado para publicidade e passagens

Em ano eleitoral, Braga usou mais verba do Senado para publicidade e passagens

O senador Eduardo Braga (MDB-) fez uso maior das verbas do Senado Federal para passagens aéreas e para divulgação da atividade parlamentar, em 2017, quando concorreu nas eleições suplementares para o governo do Amazonas, do que no ano anterior. O aumento foi de 40% e 57%, respectivamente.

Braga foi derrotado por Amazonino no segundo turno (Foto: Reprodução/Facebook)

Em 2016, Braga gastou R$ 180.572 do recurso disponibilizado pelo parlamento para divulgação do mandato, um valor bem abaixo do gasto em 2017, que foi de R$ 285.256.

De janeiro a setembro, o senador pagou o valor fixo total de R$ 24.084 a quatro empresas de publicidade. No último trimestre, os gastos foram de R$ 16,5 mil em outubro, R$ 32 mil em novembro e R$ 20 mil em dezembro.

No ano de 2016, o uso do recurso só começou a ser utilizado no mês de maio, em valores que variavam de R$ 12.084 a R$ 36.084 para as mesmas quatro empresas.

Passagens Aéreas

Outro aumento significativo nas despesas pagas pelo Senado, foi o com passagens aéreas. Em 2017, o senador amazonense gastou R$ 158.434,12, (com passagens áreas de ida e volta entre Brasília e Manaus) sendo uma das maiores despesas em maio, mês que o ex-governador José Melo e seu vice Henrique Oliveira, tiveram os mandatos cassados pela Justiça Eleitoral por compra de votos nas eleições de 2014, no valor de R$ 26.968,94. Em 2016, as despesas com passagens foram de R$ 112.464,22.

Braga saiu derrotado

Em 2017, após a cassação de José Melo (PROS) por compra de votos, o eleitor do Amazonas foi às urnas para a primeira eleição suplementar para governo na história do Brasil.  A disputa foi para o segundo turno. Amazonino Mendes foi eleito com 59,21% dos votos contra 40,79% deEduardo Braga (PMDB). 

A taxa de abstenção no segundo turno ficou em 25,82%, ou seja, quase 604 mil eleitores deixaram de votar. O resultado foi superior ao registrado no primeiro turno, quando mais de meio milhão de pessoas não compareceram às urnas. Os votos brancos corresponderam a 4,06% e os nulos, a 19,73%. Cerca de 2,3 milhões de cidadãos amazonenses estavam aptos a votar nessa eleição.