Manaus, 1 de maio de 2024
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Manaus, 1 de maio de 2024

Brasil

Em carta, menina relata abuso de padrasto: ‘Mãe, não aguento mais’

A menina, de 10 anos, também fez desenhos para contar a situação à mãe; suspeito foi preso após as denúncias

Em carta, menina relata abuso de padrasto: ‘Mãe, não aguento mais’

Foto: reprodução

Desenhos e uma carta serviram como pedido de socorro de uma criança de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. A menina, de 10 anos, relatou que era frequentemente abusada sexualmente pelo padrasto. Com isso, a Polícia Civil prendeu o suspeito.

Segundo as investigações, os agentes da 58ª DP (Posse) prenderam o homem após os desenhos e a carta alarmarem a mãe da criança, que procurou a polícia. Os abusos ocorriam há pelo menos um ano, ou seja, desde que a criança tinha 9 anos.

Ao portal Uol, o delegado Willians Batista afirmou que o crime ocorria na casa onde a mãe da vítima morava com o homem e outras duas filhas do casal. A mulher notou um comportamento diferente da filha e começou a observar o jeito que o marido tratava a criança.

“No último ano, a mãe começou a notar comportamentos estranhos tanto da criança quanto do companheiro. Por exemplo, ela via o homem com olhar e atitudes suspeitos perto da criança. Um dia, a menina estava no banheiro sem roupa e ele muito perto dela. Ela, então, começou a perguntar para a filha, mas ela não respondia”, disse.

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Depoimento

Em depoimento, segundo a polícia, a mãe contou que em um determinado dia a menina, esgotada dos abusos que sofria, escreveu: “Mãe, eu não aguento mais. O papai fica toda a hora passando a mão na minha vagina e na última me machucou”.

Ainda de acordo com o delegado, além do pedido de ajuda por escrito, a mãe mostrou um desenho que a filha fez retratando os abusos sofridos. “Ela fez dois desenhos mostrando uma figura grande, demonstrando um adulto, passando a mão nas partes íntimas de uma figura pequena. Ou seja, seria o pai – ela chama o padrasto de pai – passando a mão nela”, acrescentou Willians Batista.

Os abusos ocorriam no momento em que a mãe da criança não estava. De acordo com a família, o suspeito também ameaçava a menina caso contasse a alguém.

A vítima realizou exame no Instituto Médico Legal (IML), onde foram encontradas lesões que demonstraram a violência sexual. O fato foi comunicado ao Conselho Tutelar, que passou a acompanhar a família.

Após denunciar o crime sofrido pela filha, a mulher revelou que também foi vítima de violência sexual, psicológica e física durante o período de convívio com o homem. “O acusado costumava ameaçar a esposa e os demais membros da família com uma arma de fogo. Ele já possuía histórico criminal por violência doméstica”.

A Polícia Civil informou que “diante do exposto, tendo em vista o grande risco que as vítimas corriam”, foi pedida a prisão do autor, deferida pela Justiça

 

*Com informações do Metrópoles