Em entrevista à Veja, na última sexta-feira (05), o nadador César Cielo contestou a doação da estrutura da piscina olímpica utilizada na Rio 2016 para Manaus. O legado foi feito, em novembro de 2016, para o Parque Aquático da Vila Olímpica.
Confira o trecho da entrevista:
É desolador ver a piscina do Parque Olímpico da Barra, onde você confirmou sua desclassificação para os Jogos do Rio, ter sido desmontada sem que um brasileiro sequer tenha dado um mergulho após o evento? É muito frustrante. Quero levar uma das piscinas que foram usadas nos Jogos para Santa Bárbara d’Oeste e usá-la no meu projeto social. Neste momento, estou escalando a montanha de burocracia que envolve o poder público. Até cheguei à pessoa que tem a caneta na mão, mas ouvi: “Não dá para ceder a piscina, é um legado da cidade”. Muito bem. O legado está guardado em caixas. Resumindo, é muito, muito frustrante. Morei durante sete anos nos Estados Unidos, e lá tudo é muito mais prático. Os americanos pensam assim: “Temos uma piscina ociosa aqui, para onde devemos mandá-la?”. Aqui, uma dessas piscinas da Olimpíada foi para Manaus, para preencher um buraco que estava esperando por uma estrutura desde 2008. Será que eles precisavam realmente de um equipamento tão sofisticado? Com todo o respeito, é o mesmo que usar uma Ferrari num campeonato de rali.
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