MANAUS – Professores das creches públicas de Manaus poderão aplicar teste que identifica casos suspeitos de autismo em crianças, além das Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
A medida consta na Nota Técnica nº 020/2020, da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que atualiza a rede municipal de saúde para avaliação de casos suspeitos de Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) em menores de 3 anos.
De acordo com a nota, publicada no dia 2 de outubro, toda criança deve ser submetida a uma triagem para o TEA entre 18 e 36 meses de idade, mesmo as que não apresentam suspeita de autismo ou outros transtornos, desvios e atrasos do desenvolvimento.
Um questionário será aplicado nas unidades de saúde e creches municipais para saber se a criança apresenta resultado alterado na escala Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT).
Patrícia Marques, gerente de Ciclos de Vida da Semsa, explica que quando o M-CHAT for positivo para TEA, a criança deve ser encaminhada para avaliação com médico pediatra das Unidades Básicas de Saúde. A lista das UBSs com atendimento pediátrico pode ser acessada AQUI.
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Quando a suspeita for identificada a criança deve ser encaminhada às unidades de referência. São elas:
- – Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil – CAPSi;
- – Espaço de Atendimento Multidisciplinar ao Autista Amigo Ruy – EAMAAR;
- – Centro Especializado de Reabilitação Professor Rolls Gracie – CER (física e Intelectual);
- – Centro Especializado de Reabilitação Centro de Vida Independente do Amazonas – CVI (física e Intelectual);
- – Centro Especializado de Reabilitação Abrigo Moacyr Alves (física e intelectual);
- – Centro Especializado de Reabilitação Policlínica Codajás – CER III (física, visual e auditiva);
- – Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente – Caic Ana Braga;
- – Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente – Caic Alberto Carreira.
“Essa avaliação é uma das mais recomendadas em todo o mundo pela Academia Americana de Pediatria, e está integrada na Caderneta de Saúde da Criança que os profissionais da Semsa usam nas consultas de crescimento e desenvolvimento da criança.
Apenas os resultados do M-CHAT não determinam o diagnóstico de autismo, mas apontam sinais importantes para seguirmos investigando na atenção especializada”, explicou Patrícia Marques.
Autismo
A Sociedade Brasileira de Pediatria caracteriza o TEA como um distúrbio neurológico que provoca dificuldades na comunicação e interação social, e pela presença de comportamentos ou interesses repetitivos ou restritos.
O indivíduo pode apresentar sinais do TEA desde os primeiros meses de vida. A intervenção precoce e intensiva, baseada em evidências e investigações, poderá alterar o prognóstico e suavizar os sintomas.
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