Brasília/DF – O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, agora é quem comanda o gerenciamento político das emendas parlamentares de relator atinentes ao Senado. A responsabilidade, até então, era da Secretaria de Governo, administrada pela ministra Flávia Arruda, do PL.
As emendas têm valor de R$ 6 bilhões e, na prática, quem as operava politicamente era o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Diferentemente das emendas impositivas, em que o Executivo tem obrigação de pagar um percentual semelhante a todos parlamentares, as emendas de relator são de livre pagamento pelo relator do Orçamento, que é sempre um parlamentar, mas entram em uma negociação política junto ao Palácio do Planalto.
No Senado, quem liderava essa operação política com o Planalto era Alcolumbre. Ciro, porém, já assumiu esse gerenciamento e tem dito a interlocutores que esse deverá ser o principal instrumento para que ele consiga pacificar o Senado, principal foco de dificuldades hoje do governo.
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Para o governo, a perda do gerenciamento dessas emendas por parte de Alcolumbre é um dos motivos das dificuldades que ele vem criando, por exemplo, ao não agendar a sabatina de André Mendonça.
Além disso, Alcolumbre foi o responsável pela articulação junto ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que resultou na indicação do nome de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para sucedê-lo. Pacheco tem dado sinais constantes de afastamento do Planalto.
(*) Com informações da CNN
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