Manaus (AM) – A subsidiária da China, Nonferrous Metal Mining Group Co., a China Nonferrous Trade Co. Ltda (CNT), adquiriu a maior reserva de urânio do Brasil, localizada na mina de Pitinga, em Presidente Figueiredo, no Amazonas. O anúncio foi feito no dia 25 de novembro, com o fechamento do negócio na madrugada do dia 26, e comunicado ao Governo do Estado do Amazonas pela mineradora Taboca.
A reserva está situada na região da hidrelétrica de Balbina e próxima à BR-174, fazendo fronteira com a Venezuela e a Guiana. A transação foi registrada nas bolsas de valores de Pequim e Lima, no Peru, reforçando sua relevância internacional.
O urânio é utilizado tanto na produção de armas quanto em combustível para usinas nucleares. O acordo ocorre em um contexto de fortalecimento das relações diplomáticas entre Brasil e China, evidenciado pela visita do presidente Xi Jinping ao Brasil após a cúpula do G20. Durante o encontro, foi enfatizado o interesse chinês no Fundo Florestas Tropicais para Sempre, uma iniciativa brasileira para financiar a preservação de biomas. O presidente Lula destacou a importância dessa proposta como uma alternativa viável para promover o desenvolvimento sustentável e proteger a Amazônia.
A negociação também se insere no debate sobre a possível adesão do Brasil à nova rota da seda, proposta pela China. Apesar de ainda não haver formalização, críticos avaliam que os crescentes acordos com empresas estatais chinesas indicam que a parceria estratégica está avançando na prática, mesmo sem a adesão oficial ao projeto.
LEIA MAIS:
- Brasil e China firmam 37 atos durante visita de Xi Jinping a Lula
- Lula e Xi Jinping ampliarão parceria bilateral entre Brasil e China
- David Almeida traça ações com cônsules do Equador e Peru
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.