Neste domingo, 31, inicia a Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima – COP-26, que reúne lideranças 196 países para discutir ações de combate às mudanças climáticas. E o Brasil e a Amazônia podem ser parte da solução – tem a maior floresta tropical do mundo, com grande capacidade de sequestrar carbono e retardar seus efeitos extremos.
O fato de termos preservado mais do que o mundo no passado deve ser reconhecido, mas não nos permite seguir desmatando emitindo mais carbono. Não estamos na COP para revisar o passado e, sim, colaborar para que o planeta seja saudável e habitável no presente e no futuro. Mais do que intenções, o mundo espera gestos concretos.
Por isso, apresentei o projeto de Lei 528/21, que regulamenta o mercado de carbono brasileiro, que busca valorizar a floresta em pé e confronta a ideia de que esta só gera riquezas derrubada. Incluí, ainda, um mecanismo de compensação financeira às populações tradicionais, guardiãs da floresta que gerou o crédito de carbono.
Com o maior ativo ambiental do planeta, nosso país pouco recebe em créditos por não estar inserido nesse mercado, que somente em 2019 movimentou US$ 45 bilhões ao redor do mundo.
Relatório do Painel intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas – IPCC – confirma que o agravamento dos eventos climáticos extremos no mundo é mais rápido do que o estimado. No Brasil, o número de cidades afetadas por problemas climáticos dobrou e o número de eventos passou de 5 mil para de 33 mil nos últimos 20 anos.
As consequências já se apresentam: recordes de incêndios florestais, que atingem a Amazônia e o Pantanal, e a ocorrência de chuvas torrenciais, que causam inundações e vitimam as populações mais vulneráveis. A prevalecer o negacionismo climático, as futuras gerações terão suas vidas seriamente ameaçadas.
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