O boxe amazonense amanheceu esta segunda-feira, 3, de luto, com o falecimento do presidente da Federação Amazonense de Pugilismo (FAP), Pedro Nunes, 54, em decorrência de um ataque fulminante. A esposa do “Ring Boxe”, como ele era conhecido, Edina Marques, 44, revelou que o ataque cardíaco aconteceu por volta das 5h.
“Foi um ataque fulminante. Eu cheguei a levá-lo ao Pronto-Socorro João Lúcio (zona Leste), mas ele já chegou sem vida. Eu estou dilacerada, foi muito rápido e sabe, a gente nunca está preparada. Está difícil, perdi um grande e marido, exemplo de pai e profissional”, lamentou a esposa.
Considerado um dos pioneiros no boxe amazonense, Ring Boxe revelou diversos talentos, inclusive uma campeã brasileira da modalidade, a Maria Marreta, na categoria peso médio, em 2002; e Cássio Humberto, campeão brasileiro em 2006, na categoria super-pesado.
Natural de Feira de Santana (BA), Pedro Nunes morava em Manaus há mais de 30 anos, onde constituiu família e estava há 17 anos casado com Edina Marques e do fruto desse amor nasceu uma filha, que hoje tem 14 anos.
Velório
O velório de Pedro Nunes será no Ginásio Zezão, no bairro São José 1, zona Leste, a partir das 16h desta segunda-feira. O enterro será no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, na zona Oeste, nesta terça-feira, 4, pela parte da manhã. O horário ainda será confirmado pela família.
Projeto social e homenagens
Apaixonado pela zona Leste de Manaus, Pedro Nunes desenvolvia o projeto social Ring Boxe há quase 30 anos e tinha como local de treino o Ginásio Zezão, no bairro São José 1. Ele treinou centenas de pessoas nesse período, sempre de forma voluntária e gratuita com o único objetivo de retirar os jovens da ociosidade e evitar que entrassem no mundo do crime.
Tal dedicação ao boxe rendeu uma homenagem, em vida, realizada na Câmara Municipal de Manaus (CMM) na última sexta-feira, 31 de maio. A solenidade foi proposta pelo vereador Wallace Oliveira (PTC) a 100 desportistas que conquistaram grandes feitos para o Estado. Pedro Nunes aproveitou o momento para exaltar a zona Leste, expressando o seu carinho, quebrando até o protocolo do momento. “É zona Leste, é zona Leste, olê, olê, olâ”, gritava Nunes momentos antes de receber o certificado.
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