Manaus, 18 de abril de 2024
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Esportes

Governadora de Tóquio critica mudança em maratona na Olimpíada

"Consideramos isso uma mudança sem precedentes nos eventos do COI, por fazer tal proposta de forma tão abrupta, sem consultar com a cidade-sede"

Governadora de Tóquio critica mudança em maratona na Olimpíada

(Foto: Divulgação)

Os planos do Comitê Olímpico Internacional (COI) de mudar a sede da maratona, de Tóquio para Sapporo, vão enfrentar forte oposição por parte das autoridades políticas da capital japonesa Nesta quarta-feira, a governadora Yuriko Koike criticou a alteração do local da tradicional prova na Olimpíada do próximo ano e cobrou publicamente o COI.

“É o meu desejo que a maratona e a marcha atlética sejam disputadas em Tóquio”, declarou a governadora, durante evento que contou com a presença de diversos dirigentes do COI, na capital japonesa. O encontro, com duração de três dias, servirá para conversas e discussões sobre a evolução da preparação japonesa para os Jogos Olímpicos de 2020.

Tanto a maratona quanto a marcha atlética deveriam ser disputadas em Tóquio, sede oficial da Olimpíada do próximo ano. Mas o COI, em anúncio ainda a ser confirmado, afirmou no dia 16 deste mês que pretendia transferir estas duas provas, tanto no masculino quanto no feminino, para a cidade de Sapporo, ao norte de Tóquio.

Na avaliação do COI, o calor será uma das principais preocupações durante a Olimpíada. E na cidade de Sapporo, que recebeu os Jogos Olímpicos de Inverno de 1972, os atletas devem encontrar “temperaturas significativamente mais baixas”. A previsão é de que a cidade apresente um clima com “cinco a seis graus centígrados” mais frio do que Tóquio.

A decisão ainda não oficial de mudar a sede destas competições, porém, agora enfrenta a resistência da governadora de Tóquio. Nesta quarta, ela criticou a transferência de cidades como “sem precedentes” e disse que a decisão lhe causou “um tremendo choque”, gerando um clima de mal-estar no encontro, diante de dirigentes de alto escalão do COI, como John Coates e Christophe Dubi.

“Consideramos isso uma mudança sem precedentes nos eventos do COI, por fazer tal proposta de forma tão abrupta, sem consultar ou discutir nada com a cidade-sede da Olimpíada”, declarou a governadora.

Tentando evitar maior atrito, Coates admitiu que a decisão foi rápida, mas indicou que não deverá voltar atrás. “Esta foi uma decisão tomada de forma veloz. Foi uma decisão tomada como consequência do que vimos em Doha”, afirmou o dirigente, ex-vice-presidente do COI.

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Doha recebeu o Mundial de Atletismo no mês passado e uma dos problemas enfrentados pela organização no Catar foi o forte calor, amenizado nas provas realizadas dentro do estádio, tanto na pista quanto no campo. Nas ruas, porém, as altas temperaturas prejudicaram as performances dos atletas da maratona e da marcha atlética. Estas provas precisaram ser disputadas à noite, em razão do calor menos intenso neste período.

(*) Com informações da Estadão Conteúdo