Um novo “choque de realidade” para o comandante ocorreu no último domingo, quando o Flamengo, mesmo escalado por Jorge Jesus com apenas três jogadores considerados titulares, superou os gremistas por 1 a 0, em Porto Alegre, para ficar ainda mais perto de assegurar a conquista do título do Campeonato Brasileiro.
O resultado manteve o time tricolor estacionado nos 56 pontos, na quarta posição da competição, na qual está nove atrás do Santos, terceiro colocado, sendo que a equipe corre o risco de perder seu lugar na zona de classificação à fase de grupos da Libertadores nesta reta final do torneio. Com 53 pontos, o São Paulo almeja este mesmo objetivo, garantido apenas aos quatro primeiros da tabela, assim como Internacional e Corinthians, ambos com 50, ainda alimentam esperança de buscar esta meta.
Antes de focar apenas o Brasileirão neste fim de temporada, o Grêmio foi eliminado pelo Flamengo na semifinal da Copa Libertadores, com direito a uma doída goleada por 5 a 0 sofrida no confronto de volta do mata-mata. E agora Renato Gaúcho deixa claro que a sua permanência no comando gremista está condicionada à possibilidade de a atual direção do clube fazer investimentos em contratações que possam tornar o time mais competitivo em relação aos clubes que dispõem de maior aporte financeiro, como é o caso do próprio Flamengo e do Palmeiras, atual vice-líder do Brasileirão.
Ao ser questionado em entrevista coletiva neste último domingo sobre a possibilidade de a diretoria gremista “apertar o cinto” nos investimentos para 2020, o treinador respondeu: “Eu posso garantir para vocês (jornalistas) que o cinto não vai se fechar muito. O Grêmio sempre teve os pés no chão e vai continuar, mas o cinto não vai se fechar, não. A não ser que alguém diga que vai se fechar o cinto, mas aí eu falarei: ‘Não cobrem nada’ (em relação à conquista de títulos expressivos)”.
Renato reconhece que o clube não poderá gastar muito em contratações, mas destacou que espera pela chegada de bons reforços para ele poder ter motivação para continuar no comando e almejar troféus de peso. “O Grêmio é grande. Eu respeito todo mundo e a hierarquia. Tenho conversado com o presidente (Romildo Bolzan), estamos trocando ideias. Nós não vamos abrir o cinto demais, como Flamengo e Palmeiras”, completou.
Entretanto, o técnico mandou um recado importante à direção gremista ao projetar o seu futuro: “Eu posso garantir: se eu ficar, é porque o cinto não vai se fechar. Se (o cinto) se fechar, pode contratar outro treinador. Não vou ficar brigando para ficar lá atrás nas competições. Nasci para vencer e sempre vou fazer o meu grupo vencedor, mas para isso é preciso ter as peças”.
(*) Com informações da Estadão Conteúdo
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no Twitter.