![(Foto: Reprodução/Tv Brasil) Garimpo ilegal impulsiona aumento de casos de malária na Amazônia](https://amazonas1.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Malaria-area-de-garimpo-terras-indigenas-.jpg)
(Foto: Reprodução/Tv Brasil)
Manaus (AM) – O garimpo ilegal nas terras indígenas Munduruku e Yanomami colaborou para o aumento de 108% nos casos de malária entre 2018 e 2021, segundo um estudo da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Ainda em 2024, as diversas atividades exercidas pelo garimpo ilegal continuam contribuindo para o avanço da doença na região amazônica.
Dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), apontam que os registros de casos de malária aumentaram cerca de 34% se comparado ao mesmo período de 2023.
Com isso, a doença é considerada endêmica na região. Conforme a FVS, até 31 de maio deste ano, o Amazonas registrou 22.801 casos de malária em todo o Estado.
Sem fiscalização, essas atividades acontecem próximo ou até mesmo em áreas de Terras Indígenas. Além da contaminação pelo mercúrio, o garimpo ilegal também está ligado ao aumento no desmatamento, à sedimentação dos rios, à grilagem de terras e ao aumento da violência no seu entorno, somados a vulnerabilidade das comunidades indígenas, diversas doenças, incluindo a malária, são ainda mais graves para essa população com diagnóstico de desnutrição e baixa imunidade.
A FVS mostra que, no ano passado, foram notificados no estado, também nos primeiros cinco meses do ano, pouco mais de 17 mil casos.
A maioria das notificações é em área rural seguida de área indígena. Cada uma delas com cerca de 41% dos casos confirmados. Já a área urbana tem 8,8% das notificações.
Entre as cidades com maior número de casos, a cidade de São Gabriel da Cachoeira lidera; são mais de 3.800 registros.
Em Manaus, até o dia 13 de junho deste ano, foram confirmados 2.258 casos positivos de malária, um crescimento de 131% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram notificados 974 casos, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde.
A FVS ainda divulgou que, na zonal rural e ribeirinha de Manaus, há maior concentração de casos. Em outro município, Barcelos, houve registro de 2.200 casos.
Conforme a diretora da Fio Cruz Amazonas, Stefanie Lopes, é necessário reforçar as ações de controle, vigilância; e diagnóstico no caso de malária.
Stefanie reforça, ainda, que mesmo sem vacina, há um teste rápido para detecção da malária e um novo tratamento para a doença com a tafenoquina, que reduz o tratamento de sete para três dias.
A prevenção para a malária inclui evitar a picada do mosquito Anopheles conhecido como mosquito-prego, vetor do Plasmodium, parasita causador da doença, mais ativo, principalmente, ao amanhecer e ao entardecer.
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