O general e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, do governo Jair Bolsonaro, foi transferido para a reserva remunerada do Exército. Ele fez o pedido ao presidente no dia 21 de fevereiro e foi atendido nesta sexta (4), com a publicação no “Diário Oficial da União”.
A transferência vale a partir do dia 28 de fevereiro. O pedido do ex-ministro antecipa a aposentadoria dele da instituição, que seria automática a partir do dia 31 de março, segundo as regras do Exército.
Ao passar para a reserva, o ex-ministro fica liberado para se candidatar nas eleições de outubro deste ano. Mesmo antes de Pazuello deixar o ministério, aliados bolsonaristas o incentivavam a disputar uma vaga no Congresso pelo Rio de Janeiro ou Amazonas, estado no qual atuou em parte da carreira como general.
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“O Centro de Comunicação Social do Exército informa que a Diretoria de Civis, Inativos, Pensionistas e Assistência Social (DCIPAS) recebeu, no dia 21 de fevereiro, requerimento do General de Divisão Eduardo Pazuello solicitando a sua passagem para a reserva remunerada. O requerimento será processado e o ato formal de passagem para a reserva, publicado oportunamente no Diário Oficial da União”, informou o Exército.
Pazuello foi pressionado a se aposentar após participar de ato político com o presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Ele já não era ministro. Apesar de o Regulamento Disciplinar do Exército determinar punição para integrante que se “manifestar publicamente […] sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária”, o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, argumentou que não houve indisciplina.
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O ex-ministro foi promovido a general de brigada do Exército em 2014 e, em 31 de março de 2018, a general de divisão, último grau da carreira para oficiais intendentes, como Pazuello.
De acordo com a regra do Exército, Pazuello iria para a reserva de forma obrigatória em março deste ano porque já chegou ao último grau da carreira e por completar o período de quatro anos como general de divisão.
Ministro da Saúde
Pazuello assumiu o comando do Ministério da Saúde em maio de 2020 e deixou a pasta em março de 2021. A escolha do presidente Bolsonaro foi muito criticada por colocar um militar, sem experiência na área de Saúde, para comandar a pasta durante a pandemia de Covid-19.
A gestão de Pazuello foi marcada por apoio ao uso da cloroquina, medicamento ineficaz contra a Covid; crise de abastecimento de medicamentos e oxigênio; e mudanças de discurso sobre tratamento precoce contra a Covid.
Pazuello também foi alvo de críticas ao ser desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro quando tentou comprar a vacina Coronavac e a reagir afirmando: “É simples assim. Um manda e o outro obedece.”
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