Manaus, 19 de abril de 2024
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Cenário

Filho de secretário de David Almeida ganha cargo na Semasc

O filho do secretário municipal Janjão foi nomeado, em março deste ano para cargo comissionado na Semasc e recebe mais de R$ 3 mil por mês

Filho de secretário de David Almeida ganha cargo na Semasc

Foto: Reprodução Redes Sociais

MANAUS, AM – O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), beneficiou o filho de seu secretário Extraordinário (Semex)  João Mendes da Fonseca Júnior, mais conhecido como pastor ‘Janjão’, com cargo na Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social, da Prefeitura de Manaus.

A nomeação de Joao Paulo Melo da Fonseca ocorreu em 18 março deste ano e foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) com data retroativa a 1º de março de 2021.

De acordo com a publicação, João Paulo assumiu o cargo de gerente de Benefício de Prestação Continua (BPC), na simbologia DAS-1, vinculado ao gabinete da Semasc, Jane Mara Silva de Moraes.

De acordo com o site da Transparência de Manaus, João Paulo Fonseca recebe um salário bruto mensal no valor de R$ 3.243,00 – mais vantagens – no valor de R$ 409,00; salário líquido fica em torno de R$ 3.259,38.

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Nas redes sociais, o filho de Janjão divulga muitas imagens praticando esportes. Em uma delas, João Paulo aparece ao lado do prefeito David Almeida, no Complexo Turístico da Ponta Negra. Na postagem, João diz que o prefeito foi seu aluno na ocasião. Em sua biografia (bio) no Instagram, Paulo diz que atua como personal trainer e é formado em Educação Física.

O pai de João Paulo, o secretário Janjão, é empresário, já foi deputado estadual, assumiu suplência na vaga deixada pelo deputado cassado Wallace Souza, em 2009. Além de ter sido secretário de Estado de Juventude Esporte e Lazer e ex-presidente da Junta Comercial do Estado do Amazonas (Jucea).

De acordo com a advogada Denise Coelho, membro da Comissão de Direito Internacional da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB-AM), a nomeação de João Paulo Fonseca não se configura como nepotismo.

“Se for um cargo político de confiança, não é considerado nepotismo. Agora se fosse um cargo que exige competência técnica, seria sim considerado nepotismo”, comentou a especialista.

Questionada se isso pode parecer antiético ou algum tipo de privilégio, a especialista respondeu que nem sempre o que é lícito pode ser considerado ético. “Sempre ficamos com essa problemática entre licitude e ética, pois nem sempre o que é licito pode vir a ser considerado ético”, diz Denise Coelho.

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