Milhares de crianças nascidas de mães venezuelanas na Colômbia estão em situação de indefinição judicial, sem documentos de identidade, sob risco de se tornarem apátridas, informou a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) nessa quinta-feira (23).
Aproximadamente 1,3 milhão de venezuelanos se estabeleceram na vizinha Colômbia, fugindo de uma crise política e econômica que tem provocado grave escassez de alimentos e medicamentos.
Cerca de 20 mil filhos de pais venezuelanos nasceram na Colômbia, de acordos com números do governo, e muitos não são considerados aptos à obtenção de cidadania colombiana, o que os torna apátridas.
Juan Ignacio Mondelli, oficial de proteção da Acnur, diz que a Colômbia está comprometida com a resolução do problema, mas precisa desenvolver um mecanismo para identificar se crianças são apátridas.
“A recomendação que temos é que, qualquer que seja o caminho escolhido pelas autoridades colombianas, seja uma lei, um decreto, ou um mecanismo planejado, que ele permita que os casos registrados atualmente sejam resolvidos”, disse Mondelli.
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“Isso passa de um problema sobre nacionalidade para um problema de documentação”, disse ele a jornalistas em Bogotá.
Pessoas apátridas não são reconhecidas como cidadãs de nenhum país e, muitas vezes, não conseguem acesso a serviços de saúde ou educação e não podem viajar, se casar, abrir uma conta bancária, alugar ou ser dono de uma casa.
(*) Com informações da Agência Brasil
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