Manaus, 3 de julho de 2025
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Cenário

Greve prevista para sexta-feira provoca debate sobre gestão do transporte

Vereadores cobram transparência das empresas e posicionamento da Prefeitura diante de greve motivada por acúmulo de funções e corte de postos.

Greve prevista para sexta-feira provoca debate sobre gestão do transporte

(Foto: Celso Maia/ Portal AM1)

Manaus (AM) – O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivo Urbano e Rodoviários de Manaus anunciou uma possível greve para esta sexta-feira(5), conforme comunicado feito no dia 28 de junho. O motivo da paralisação é referente a insatisfação com o aumento da frota de veículos sem o aumento correspondente de colaboradores, além da obrigatoriedade imposta aos motoristas de vender cartões.

Em entrevista ao Portal AM1 o vereador Paulo Tyrone declarou que a retirada dos cobradores do transporte coletivo precisa ser debatida na Câmara Municipal de Manaus. Ele ressaltou também que, caso a remoção dos cobradores ocorra, isso reduziria os custos operacionais das empresas, potencialmente aumentando os lucros das concessionárias. Segundo ele, esse aumento de lucro poderia levar a uma redução no valor da tarifa, já que o lucro não seria o principal objetivo da concessão.

“fator mais importante dessa discussão é, se em algum momento a Câmara Municipal ou a Prefeitura optar por retirar os cobradores, isso vai diminuir o custo de operação das empresas”, declarou o Tyrone.

O vereador Rodrigo Guedes em entrevista, afirmou que a Prefeitura propõe reajustes nas tarifas, mas que as greves costumam ocorrer pouco antes dessas decisões, gerando um ciclo em que a greve termina após concessões salariais e logo depois a passagem é reajustada. Ele reconhece o direito dos trabalhadores de reivindicar, mas alerta para o impacto negativo que a paralisação pode causar à população e sugere que a greve deveria ser mais estratégica, talvez focando em ações que afetem diretamente as empresas.

Rodrigo Guedes declarou apoio a manifestação, pois acredita que ela também acaba prejudicando a categoria, e sugeriu que, ao invés disso, poderia haver uma greve invertida, em que as catracas fossem liberadas para que as pessoas passassem sem pagar, fazendo com que o prejuízo recaísse sobre o patrão, e não sobre a população. Para ele, essa seria uma forma mais inteligente de greve.

“eu apoio, sim, a manifestação, porque acaba que prejudica também a categoria. Poderia ter uma greve ao contrário, liberar ali as catracas para as pessoas passarem sem pagar, e aí acabaria que eles prejudicariam, nesse caso, o patrão, não a população”. sugeriu o vereador.

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