No vídeo, a jovem é obrigada a falar sobre outros relacionamentos amorosos que ela teria tido. Foto: Reprodução
Um homem foi preso suspeito de ter mantido a ex-companheira em cárcere privado, agredido ela fisicamente e a torturado. De acordo com a polícia, Keuly Vinicius dos Santos Oliveira, de 18 anos, também divulgou, nas redes sociais, um vídeo expondo a vítima nua e de cabeça e sobrancelhas raspadas. O caso ocorreu na terça-feira (9), em Cariacica, Espírito Santo.
O caso aconteceu no bairro novo Brasil, também em Cariacica. No vídeo, a jovem é obrigada a falar sobre outros relacionamentos amorosos que ela teria tido.
As imagens circularam pela internet e chegaram ao conhecimento da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) da Polícia Civil, que efetuou a prisão do suspeito. Contra ele, havia um mandado de prisão em aberto.
“A vítima foi ouvida e nós representamos pela prisão preventiva e pelos mandados de busca e apreensão, para apreender o celular que esse ex-companheiro dela teria utilizado para gravar [o vídeo] e uma arma de fogo. E ele não resistiu à prisão”, frisou a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Cariacica, delegada Fernanda Diniz.
A própria vítima contou à polícia que manteve um relacionamento amoroso com Keuly durante um ano e meio, mas há um mês eles se separaram. O problema, segundo ela, é que o companheiro não aceitava o término do namoro.
Por isso, no dia 19 do mês passado, segundo a polícia, ele marcou de encontrar com a vítima, com a desculpa de entregar uns documentos que ele tinha dela. Foi então que, de acordo com as investigações, ele a torturou com agressões, raspou a cabeça e a sobrancelha dela e a obrigou a gravar o vídeo nua.
Vingança
Em depoimento, Keuly confessou as acusações e alegou que cometeu o ato como forma de se vingar da vítima, que, segundo ele, teria o traído com outros homens. O suspeito afirma ainda que, diferentemente da versão da vítima, a jovem ainda é sua namorada.
“Nós prosseguiremos com as investigações, porque a gente acredita que pode ter mais envolvidos. E até para delimitar o crime que ele cometeu. Então a gente tem que ouvir mais algumas testemunhas e, posteriormente, nós fecharemos esse inquérito. Ele está mantido preso e continuará assim pelo menos até o fim do inquérito”, afirmou Fernanda Diniz.
A delegada destacou ainda que, desde que a polícia descobriu o vídeo, o foco foi proteger a vida da vítima para, depois, chegar ao suposto autor. “Nós fomos atrás da vítima, localizamos ela, levamos à delegacia e providenciamos a guarda dessa vítima e todas as providências que o caso necessitava, porque ela estava em risco de vida”.
Já a chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), delegada Claudia Dematté, ressaltou que atos como esse precisam ser severamente punidos. “Nós deixamos o recado para a sociedade: os homens que insistirem em praticar qualquer tipo de violência contra a mulher no nosso Estado não sairão impunes”, garantiu.
*Informações retiradas da FolhaVitória
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