Manaus, 23 de abril de 2024
×
Manaus, 23 de abril de 2024

Economia

IBGE afirma crescimento de 3,7% no setor de serviços em relação ao período pré-pandemia

Segundo o IBGE, já são nove meses consecutivos de taxas positivas, superando os números do ano anterior

IBGE afirma crescimento de 3,7% no setor de serviços em relação ao período pré-pandemia

(Foto: Divulgação)

SÃO PAULO, SP – O setor de serviços registrou crescimento de 3,7% em fevereiro em relação a janeiro. Os dados da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), divulgada nesta quinta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o IBGE, já são nove meses consecutivos de taxas positivas. Isso porque houve um crescimento acumulado de 24%, o que supera a queda de 18,6% registrada de março a maio de 2020.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o volume do setor de serviços recuou 2%, completando 12 meses de taxas negativas.

Leia mais: https://amazonas1.com.br/tem-bolsa-familia-voce-ja-pode-consultar-valor-do-auxilio-emergencial/

A expectativa dos analistas era um crescimento de 1,3% no mês, com queda de 3,5% na comparação anual.

As pesquisas dos outros dois grandes setores mostraram que a indústria registrou contração de 0,7% e o comércio crescimento de 0,6% em fevereiro, em relação ao mês anterior.

O crescimento do setor de serviços nos dois primeiros meses do ano  se deu porque o número da circulação de pessoas aumentou.

Em fevereiro, apesar do recrudescimento da pandemia, as restrições das atividades eram menores do que as adotadas a partir de março, quando serviços não essenciais deixaram de funcionar em várias regiões do país diante do colapso no sistema de saúde.

São Paulo liderou a recuperação em fevereiro, com crescimento de 4,3%, seguida por Minas Gerais (3,5%), Mato Grosso (14,8%) e Santa Catarina (3,9%). O Distrito Federal teve a retração mais relevante (-5,1%).

Atividades em alta de acordo com o IBGE

Entre as atividades, transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio cresceram 4,4%, pois se tornou uma das maiores demandas.

O segmento já supera em 2,8%  fevereiro do ano passado e atingiu seu ponto mais alto da série iniciada em janeiro de 2011.

“Nesse segmento vêm se destacando as empresas que prestam serviço de logística, que já vinham tendo alta expressiva por conta do aumento das exportações de petróleo e do agronegócio e, durante a pandemia, teve uma grande escalada de demanda, devido ao crescimento das vendas no comércio online”, afirma o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Lobo afirma que o segmento de transporte terrestre, que cresceu 5,5% em relação a janeiro, segue uma trajetória ascendente importante.

O segmento de tecnologia da informação, com alta de 1,7% no mês, também atingiu o patamar mais alto na série histórica do IBGE, pois se tornou um dos meios de entretenimento.

O segmento que mais sofreu com a pandemia até o momento são os serviços prestados às famílias (como alimentação, entretenimento e hospedagem). Eles cresceram 8,8% de janeiro para fevereiro, o que se deve à base de comparação baixa, segundo o instituto. Ainda estão 23,7% abaixo do nível de fevereiro de 2020.

“Sendo uma das atividades mais afetadas pelas restrições impostas por estados e municípios para enfrentamento da pandemia, serviços prestados às famílias tiveram perdas significativas entre março e maio e ainda oscilam muito, conforme as medidas de isolamento social são relaxadas ou enrijecidas”, afirma Lobo.

Aumento no turismo

O IBGE mostrou que o índice de atividades turísticas cresceu 2,4% em fevereiro, apesar do adiamento no Carnaval, segunda taxa positiva seguida.

Mesmo tendo avançado 127,5% de maio de 2020 a fevereiro de 2021, está 39,2% abaixo de fevereiro de 2020.

Sete dos 12 locais pesquisados tiveram expansão do turismo no mês, com destaque para Goiás (9,1%), Minas Gerais (6,8%) e Pernambuco (4,9%) e São Paulo (3,4%).

Distrito Federal (-8,2%) e Bahia (-2,8%), tiveram números negativos devido os casos da doença.

(*) Com informações da Folhapress