Manaus, 21 de maio de 2024
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Cidades

Indígena é condenado a 20 anos por homicídio em Atalaia do Norte

O crime ocorreu no dia 28 de agosto de 2021, na Aldeia Boa Vista, distante 350 quilômetros da sede do município

Indígena é condenado a 20 anos por homicídio em Atalaia do Norte

Jair Oliveira Cruz foi condenado a 20 a nos de prisão (Foto: Comarca de Atalaia do Norte/Divulgação)

 O indígena Jair Oliveira Cruz foi condenado nessa sexta-feira (10), pelo assassinato do também indígena Alberto Doles Marubo, de 75 anos. O crime ocorreu no dia 28 de agosto de 2021, na Aldeia Boa Vista, distante 350 quilômetros da sede do município de Atalaia do Norte.

A Vara Única da Comarca de Atalaia do Norte realizou o julgamento da Ação Penal n.º 0600176-85.2021.8.04.2400.

Jair Oliveira Cruz foi condenado a pena em 20 anos e cinco meses de prisão, pela prática de homicídio qualificado, previsto no artigo 121, parágrafo 2.º, incisos II e IV (por motivo fútil e com emboscada) e artigo 211 (ocultação de cadáver), ambos do Código Penal.

O indígena está preso desde a época do crime e como a pena imposta foi acima de 15 anos, a juíza Jacinta Silva dos Santos, que presidiu o Júri, manteve a prisão de Jair para o início do cumprimento provisório da pena, sem o benefício de poder recorrer da sentença em liberdade.

 O crime

De acordo com o inquérito policial que originou a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), Jair Oliveira Cruz assassinou Alberto Doles Marubo utilizando-se de um osso de anta, tendo aproveitado que a vítima estava dormindo para desferir um golpe na testa dela com o objeto.

Na noite do crime, segundo os autos, os indígenas participavam de uma festa na aldeia e, em determinado momento, Jair perguntou a alguns dos presentes onde estava Alberto, sendo informado que o idoso já se encontrava dormindo em sua maloca. Jair foi até lá, ocasião em que cometeu o crime, conforme a denúncia. Mais tarde, uma indígena que foi à maloca de Alberto percebeu que este não estava e que havia marcas de sangue na rede onde ele dormia.

Após alarmar a aldeia sobre o acontecido, os indígenas seguiram as marcas de sangue e foram até o igarapé Boa Vista, onde encontraram o corpo da vítima. Segundo o inquérito e a denúncia do Ministério Público, vítima e acusado já tinham uma rixa, pois havia envolvimento de ambos com a mesma mulher.

(*)Com informações do MPAM

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