Manaus (AM) – As ações conjuntas entre os diferentes níveis de poderes para a construção e pavimentação da BR-319 foi pauta defendida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quarta-feira (11). Em entrevista concedida a um veículo de comunicação local, o chefe de Estado afirmou que foi assinado, junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), um contrato para construção de um trecho de 52 quilômetros da estrada.
Além de retomar a assinatura do contrato realizado na sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) nessa terça-feira (10), Lula afirmou ser necessária uma cooperação entre os governos para controle e fiscalização assíduos das áreas de preservação no entorno da “estrada da lama”, como é conhecida a BR-319 em períodos chuvosos.
“A BR-319 é uma necessidade para o Amazonas, Roraima e para o Brasil. Essa estrada foi feita em 1970. Ela funcionou por um tempo, mas depois foi se deteriorando. Hoje, é uma estrada que funciona de Manaus até uma determinada distância, e de Roraima até outra distância. No meio, há 400 km que se deterioraram e nunca foram consertados”, explicou Lula.
O mandatário explicou que uma das razões para esse trecho ‘deteriorado’ da BR-319 sofrer com entraves para construção e pavimentação está relacionada à questão ambiental, o que não é novidade. Segundo o presidente, a BR-319 tem um ‘impacto’ muito forte na Amazônia e na floresta.
Assista:
Grilagem
Durante a entrevista, o presidente da República reforçou a conversa que teve com o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), os senadores Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD), além dos deputados da bancada amazonense.
Ele destacou que haverá uma convocação para que representantes do Amazonas se reúnam em Brasília com os ministros do Meio Ambiente e dos Transportes a fim de estabelecer um diálogo que resulte em um compromisso de preservar a área ao longo da retomada da construção da estrada a fim de combater a grilagem na região. Para ele, é essencial preservar a área e garantir a sustentabilidade da estrada.
Segundo o site do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), essa prática é definida como o “apossamento de terras mediante falsos títulos de propriedade”. Conforme a instituição, essa é uma das principais causas do desmatamento ilegal na Amazônia.
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