Completando duas semanas de greve, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) vai entregar hoje, 29, o estudo dos resíduos inflacionários solicitado pelo Governo. Mesmo debaixo da chuva, a categoria está realizando mais um Ato Público desde às 7h da manhã desta segunda-feira em frente à sede do Governo, na Avenida Brasil, Zona-Oeste de Manaus.
A greve da Educação iniciou no dia 15 de Abril, há exatamente duas semanas. Pelo menos 39 municípios do Amazonas estão com os professores da rede estadual em protesto, requerendo melhores condições de trabalho. A classe só normalizará as atividades depois de receber uma resposta do Governo: um reajuste salarial.
União
Aderindo ao movimento nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) de defesa da educação pública, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (SINTEAM) informou que as agendas da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e Secretaria Municipal de Educação (Semed) serão unidas, decretando a paralisação das atividades das redes estadual e municipal de ensino.
Na sede do governo, o objetivo do Sinteam é entregar o estudo que comprova a perda do poder de compra dos trabalhadores em educação solicitado, na última terça-feira, pelo vice-governador Carlos Almeida.
A luta pelos 15%
Ao longo desses 14 dias de manifestações, a principal reivindicação dos professores é o reajuste salarial de 15%, sendo 3,93% a reposição da inflação, 9,6% a perda do poder de compra referente ao período de 2015 a 2018, quando os trabalhadores ficaram sem reajuste salarial e 1,47% de ganho real. A data base da categoria venceu no dia 1º de março.
Outros pedidos da categoria são referentes às melhores condições de trabalho, alimentação de qualidade, pedidos quanto às escolas abandonadas. Além do reajuste no salário, as principais reivindicações dos trabalhadores do interior são referentes ao Plano de Saúde e Auxílio-localidade.
Contra-Proposta
O Governo do Amazonas informou à imprensa que, além de garantir a análise dos estudos sobre possíveis perdas apresentadas, assegura a reposição salarial de 2019 imediatamente, no percentual de 3,93%. O percentual é relativo á reposição da inflação dos últimos 12 meses. O Estado alega que “a Lei de Responsabilidade Fiscal limita a reposição da data-base ao índice de inflação acumulado nos últimos 12 meses” e por isso, não é possível ofertar percentuais maiores de reajuste.
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