Brasília (DF) – O tenente-coronel Mauro Cid, que é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai prestar novo depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (28), sobre a suposta contratação do hacker Walter Delgatti Neto para invasão das urnas eletrônicas.
De acordo com o depoimento do hacker na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), Mauro teria acompanhado o ex-presidente no suposto encontro com o hacker no Palácio da Alvorada, em agosto de 2022.
Ainda segundo Delgatti, ele esteve no Ministério da Defesa para entender o funcionamento das urnas e, assim, fraudar o código-fonte cinco vezes – e quem teria mediado o encontro seria Carla Zambelli (PL) com a promessa de emprego.
“Eles queriam que eu fizesse um código-fonte – meu, – não o oficial do TSE, e nesse código-fonte eu inserisse essas linhas que eles chamam de código malicioso, porque ele tem como finalidade enganar, como finalidade colocar dúvidas na eleição. Então, eu criaria um código meu. A ideia dele era a seguinte, era falar que a urna, se manipulada, sairia um outro resultado”, disse o hacker em depoimento.
Mauro Cid foi ouvido pela PF na última sexta-feira (25), por mais de seis horas, porém, não respondeu todas as perguntas feitas a ele.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está preso há três meses no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília e –investigado em diversos casos que envolvem o nome do ex-presidente — como as joias sauditas, falsificação dos cartões de vacinação e o plano golpista para anular o resultado das eleições de 2022.
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