Quando Alison foi pegar seu filho Leon, de 4 anos, na casa de uma amiga, a amiga lhe disse: “Tenho que te mostrar uma coisa. Você vai achar hilário, é muito engraçado”. Mas a mãe não achou graça. Na foto, o menino aparecia com a cara branca, toda lambuzada de creme contra assaduras.
Alison já estava preocupada, porque Leon havia começado a frequentar a escola não havia muito tempo e, logo em seguida, manifestou pela primeira vez o desejo de mudar a cor de sua pele. “Estava colocando ele para dormir quando ele disse: ‘Mamãe, você pode pintar meu rosto com spray branco?'” conta a britânica.
Quando questionou por que Leon queria aquilo, ouviu de volta: “É que eu não quero mais ser marrom”.
Foi quando Alison resolveu conversar com ele sobre o assunto. “Por que você não quer ser mais marrom?”, ela perguntou.
“Mamãe é marrom, papai é marrom. Praticamente toda pessoa que você ama, que é próxima, é marrom.”
Alison acredita que parte do problema está no fato de que seu filho não se vê representado no mundo a sua volta. Ela deu à escola de Leon livros em que crianças negras aparecem nas ilustrações e histórias.
“Se algum dia ele quiser falar sobre se tornar branco, ele sabe que não vou ficar brava nem brigar com ele”, diz ela. “Vou sentar, olhar no olho dele e dizer: ‘Qual é, cara, por que você está pensando nisso'”, completou a mãe.
Especialistas dizem que esse tipo de comportamento não é incomum em crianças da idade de Leon.
“Gostaria que incentivassem seus filhos a se expressarem. Então, mesmo que você fique chocado, alarmado ou envergonhado, é ok parar por um momento e dizer: ‘Escute, vamos conversar sobre isso um minuto'”, diz o psicoterapeuta infantil Rolan Gracia.
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*Informações retiradas da BBC
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