Manaus, 2 de maio de 2024
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Saúde & Beleza

Ministério da Saúde lança campanha de combate à dengue, Zika e chikungunya

No Amazonas, foram notificados 7.276 casos de dengue e registrados 5 óbitos pela doença

Ministério da Saúde lança campanha de combate à dengue, Zika e chikungunya

Até o final de abril, houve aumento de 30% no número de casos prováveis de dengue (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Brasília (DF) – O Ministério da Saúde lançou, nesta quinta-feira (4), a campanha nacional para o combate das arboviroses. Com a mensagem “Brasil unido contra a dengue, Zika e chukungunya”, a mobilização alerta sobre os sinais e os sintomas das doenças, além de formas de prevenção e controle do mosquito Aedes Aegypti. A campanha será veiculada na TV aberta e segmentada no rádio, internet, carros de som e em locais de grande circulação de pessoas em todas as regiões do país.

O alerta, por meio da campanha, é complementar às medidas de reforço que vêm sendo adotadas pelo Ministério da Saúde para prevenção e controle das doenças, bem como para garantia da assistência à população.

“A ideia da campanha de comunicação é alertar que, quanto mais rápido você identificar os sinais e sintomas e buscar o serviço de saúde, mais rápido teremos o diagnóstico e vamos conseguir ter um desfecho adequado de redução dos óbitos”, reforçou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

A secretária do Ministério da Saúde explicou que estudos científicos estão sendo usados para entender que os problemas não são os mesmos, portanto, as soluções precisam ser diferentes, com novas tecnologias. “Esse tema parece esquecido, algo que ninguém está falando, principalmente depois de uma pandemia, onde as pessoas estão cansadas de se preocupar com tantos riscos à saúde, mas a gente precisa lembrar que, infelizmente, temos essas três doenças que estão levando ao óbito no Brasil. Nossas ações estão sendo pensadas e direcionadas”, acrescentou.

No Amazonas

Segundo o último boletim divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), no dia 27 de abril, foram notificados 7.276 casos de dengue e registrados 5 óbitos pela doença.

Na classificação de municípios do Amazonas com maiores taxas de incidência estão: Tonantins (4.407,0), Ipixuna (3.689,2), Jutaí (1.953,6), Humaitá (1.895,3), São Paulo de Olivença (1.204,8), Guajará (1.134,2), Tefé (1.038,0), Tabatinga (921,1), Lábrea (576,7) e Maraã (513,7).

Monitoramento

Foi instalado, em março deste ano, o Centro de Operações de Emergência (COE Arboviroses) para maior monitoramento do cenário epidemiológico e das diferentes realidades em cada estado. Desde então, oito estados já receberam visitas de campo da equipe do COE – Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina e Bahia – para auxiliar na estratégia local. O Ministério da Saúde atuou, ainda, na distribuição de larvicidas e envio de mais de 300 mil kits laboratoriais para o diagnóstico da doença.

Atualmente, a Pasta disponibiliza quatro tipos de insumos para o controle vetorial do Aedes. Em 2023, foram investidos mais de R$ 84 milhões na compra desses produtos. Popularmente conhecido como fumacê – um dos inseticidas usado no controle do mosquito na forma adulta – será distribuído nas próximas semanas após atraso no fornecimento causado por problemas na aquisição pela gestão passada. A expectativa é que o Ministério da Saúde receba cerca de 275 mil litros do produto neste mês, normalizando o envio aos estados e Distrito Federal.

O COE é composto por técnicos de secretarias do Ministério da Saúde, além da Anvisa, Fiocruz, IEC, Organização Pan-Americana de Saúde, CONASS e Conasems. A medida permitiu análise minuciosa dos dados e das informações para subsidiar a tomada de decisão e definição de estratégias e ações adequadas e oportunas para o apoio aos estados e municípios para o enfrentamento dos casos.

Situação epidemiológica

Em 2023, até o final de abril, houve aumento de 30% no número de casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2022 em todo Brasil. As ocorrências passaram de 690,8 mil casos no ano passado, para 899,5 mil neste ano, com 333 óbitos confirmados.

Painel do Ministério da Saúde tem dados atualizados sobre cenário epidemiológico (Foto: Reprodução)

Fatores como a variação climática e aumento das chuvas no período em todo o país, o grande número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento. Os estados com maior incidência de dengue são: Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre e Rondônia.

Já em relação à chikungunya, no mesmo período, foram notificados 86,9 mil casos da doença, com taxa de incidência de 40,7 casos por 100 mil habitantes no país. Quando comparado com o mesmo período de 2022, ocorreu um aumento de 40%. Neste ano, foram 19 óbitos confirmados. As maiores incidências da doença estão no Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Em relação aos dados de Zika, até o final de abril, foram notificados 6,2 mil casos da doença, com taxa de incidência de 3 casos por 100 mil habitantes no país. Houve um aumento de 289% quando comparado ao mesmo período de 2022, quando 1,6 mil ocorrências da doença foram notificadas. Até o momento, não houve óbito por Zika.

(*) Com informações do Ministério da Saúde

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