
(Foto: divulgação)
Curitiba (PR) – A oitiva do senador Sergio Moro (União-PR) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) está agendada para ocorrer nesta quinta-feira, às 13h. Moro responde, na Justiça Eleitoral, por abuso de poder econômico e político por conta das eleições do ano passado. A ação foi movida pelo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV).
O ex-juiz da Lava Jato deve prestar esclarecimentos presencialmente na Corte no processo que pode levar à cassação de seu mandato. Contudo, segundo o jornal O Globo, fontes próximas ao político afirmam que sua ida está sob avaliação.
Moro responde por tentar driblar a legislação eleitoral em dois movimentos: na desistência em concorrer ao Palácio do Planalto que teria o levado a exceder o gasto limite de campanha e na migração partidária do Podemos para o União Brasil e a renúncia à candidatura presidencial, o que, segundo os demandantes, teria contribuído para sua vitória nas eleições para o Senado.
Nos autos do processo, os partidos alegam que o ex-juiz tentou driblar a legislação eleitoral em dois movimentos: na desistência em concorrer ao Palácio do Planalto que teria o levado a exceder o gasto limite de campanha e na migração partidária do Podemos para o União Brasil.
Sobre ter desistido de concorrer à Presidência, afirmam que isto teria facilitado sua vitória nas urnas. Ademais, há o cálculo de que Sérgio Moro teria gastado R$ 6,7 milhões entre a pré-campanha à Presidência e a campanha ao Senado. O limite permitido por lei é de R$ 4, 4 milhões.
Estratégia de defesa
Além de Moro, o seu primeiro suplente no Senado, Luis Felipe Cunha, também deve prestar esclarecimento ao desembargador Luis Carrasco.
A defesa do ex-juiz indicou oito testemunhas para defendê-lo no processo. Até o momento, apenas uma compareceu à audiência: o diretor de Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo.
Espólio em disputa
Caso o senador seja condenado, o processo ainda seria julgado em segunda instância pela Corte local e, posteriormente, iria ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso a condenação permaneça, Moro perderia sua cadeira no Congresso Nacional.
Nos bastidores, a vaga do ex-juiz já é disputada em uma espécie de campanha pré-eleitoral. Isto porque, caso ocorra a cassação, um novo pleito seria disputado. Como antecipou a colunista Bela Megale, no jornal O Globo, o PL articula o nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Já no PT, a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, desponta como nome. Em junho deste ano, em postagem no Instagram, Janja chegou a se referir à aliada enquanto “futura senadora”.
“E o dia começou com uma excelente conversa com essas duas mulheres maravilhosas!! Ministra Anielle Franco e a futura Senadora Gleisi”, escreveu à época. Moro não recebeu bem a provocação e afirmou que a mulher de Lula (PT) faltou com respeito com ele e “1,9 milhão de eleitores paranaenses”.
Em suma, os articuladores de Moro veem com bons olhos a presença de Michelle Bolsonaro no palanque. O argumento é de que o senador ganharia sobrevida sob o risco de uma integrante da família Bolsonaro vir a assumir sua vaga.
(*) Com informações de O Globo
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