
(Foto: Marcelo Camargo /Agência Brasil)
Brasília (DF) – A investigação da Polícia Federal que abortou planos do Primeiro Comando da Capital (PCC), em março, para sequestrar o ex-juiz e senador Sergio Moro, revelou um nível de sofisticação, que, segundo especialistas, já é considerado uma das três maiores e mais bem estruturadas organizações mafiosas do planeta.
A Veja teve acesso à íntegra da investigação sigilosa que prendeu nove pessoas que participaram do planejamento do crime.
Segundo os documentos, em poucos dias, os criminosos mobilizaram gente, um arsenal, carros e muito dinheiro para financiar uma operação que marcaria a chegada ao Brasil de ações comuns em países dominados por cartéis como a Colômbia e o México.
A operação, abortada pela Polícia Federal, tinha o objetivo de trocar a vida de Moro pela transferência de Marcos Camacho, o Marcola, líder da organização, que está preso na penitenciária federal de segurança máxima de Brasília, para o sistema prisional estadual de São Paulo, onde está grande parte da força motriz do PCC.
Os bandidos sabiam que as chances de essa negociação acontecer eram mínimas. A provável execução do ex-juiz da Lava Jato seria uma demonstração de força e poder.
“O senador teve a vida salva nesse momento, mas ninguém pode prever o que esses criminosos são capazes de fazer”, diz o promotor Lincoln Gakiya, que investiga a organização e também está jurado de morte.
(*) Com informações da Veja
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