O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro prestará depoimento neste sábado, 2, no inquérito autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que apura as acusações de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal (PF). A informação é do jornal O Globo. As possíveis imputações de crimes a Bolsonaro foram identificadas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, no pronunciamento de despedida de Moro do Ministério da Justiça.
Moro deve ser ouvido entre o fim da manhã e o início da tarde por 2 delegados do grupo que investiga inquéritos acompanhados pelo Supremo.
Também devem participar do escrutínio 3 integrantes do Ministério Público Federal (MPF): Antonio Morimoto, João Paulo Lordelo Guimarães Tavares e Herbert Reis Mesquita. Os procuradores foram incluídos por determinação do ministro Celso de Mello, a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras. Eis a íntegra (182 kb) da decisão.
Conforme informou O Globo, o ex-juiz voltou a morar na capital paranaense.
O ex-chefe da Segurança Pública do país pediu demissão e rompeu com o presidente depois da demissão de Maurício Valeixo da direção geral da PF. Valeixo era homem de confiança de Moro. Bolsonaro queria colocar no lugar do ex-diretor o delegado Alexandre Ramagem, amigo da família do presidente.
No pedido de abertura da investigação a PGR destaca a necessidade de investigação de crimes como advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de justiça, corrupção passiva privilegiada e denunciação caluniosa.
Sergio Moro afirmou que apresentará “no momento oportuno, quando a Justiça solicitar”, provas da interferência política de Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Ele concedeu uma entrevista à revista Veja no último dia 29 de abril.
(*) Com informações do site Poder 360
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