Manaus – A diversidade da cultura amazonense, representada em diferentes linguagens, como a música, arte circense, teatro, dança e capoeira, marcou o lançamento da Mostra de Cultura Popular “Amyipaguana”, no Largo de São Sebastião.
O evento reuniu, nesse sábado (5), Dia Nacional da Cultura, uma variedade de grupos artísticos que mostraram uma prévia do que o público amazonense poderá conferir na programação oficial da mostra, a ser realizada de 18 a 26 de novembro.
O evento está na terceira edição e reunirá mais de 30 expressões culturais e 80 artistas da cultura amazonense nos dias do evento. Nesse sábado, o Largo de São Sebastião se tornou um palco para manifestações que não estão associadas a cadeias econômicas no Amazonas, tais como a capoeira, Maracatu Pedra Encantada, grafite, arte circense e outros grupos populares.
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De acordo com o secretário executivo de Cultura do Amazonas, Luiz Carlos Bonates, o principal objetivo da mostra é dar visibilidade e valorizar a riqueza cultural presente no estado.
“Tem-se no senso comum que existe a identidade amazônica, mas na verdade existem ‘identidades’. Aqui se passaram várias culturas do mundo todo deixando um conteúdo para isso. O projeto ‘Amyipaguana’ significa ‘ancestral’ em tupi antigo, exatamente a valorização dessas manifestações que não são visibilizadas”, afirmou o secretário.
Manifestações artísticas
Participando do evento prévio da Mostra de Cultura Popular, a integrante do grupo Maracatu Pedra Encantada, Érika Tahiane, de 36 anos, compõe o grupo de dança afro-brasileira há cerca de 10 anos e reforçou a importância da valorização e de tornar visíveis as vertentes da cultura negra no Amazonas.
“As pessoas não têm essa noção do quanto existem pessoas negras, pretas, e toda essa influência que a gente tem aqui no Norte, principalmente vindo do Nordeste. É muito importante esses trabalhos para mostrar tanto o maracatu, a capoeira, o tambor de crioula e outras vertentes culturais que existem aqui no Amazonas, não só na capital mas também no interior”, disse Érika.
A artista de grafite Mia Monteiro, 32, também apresentou a arte por meio de uma peça executada durante o evento. A produção representa uma homenagem ao rap, um dos elementos do Hip Hop, movimento que Mia integra há aproximadamente 14 anos no Amazonas. Para ela, a possibilidade de mostrar o grafite em um evento de cultura popular é uma oportunidade para quebrar preconceitos que ainda são semeados na sociedade.
“É gratificante porque nós somos vistos como vandalismo, mas hoje podemos estar aqui com outras culturas e podendo somar com isso e trazendo para nós um pouco mais de respeito e reconhecimento, demonstrando que podemos fazer arte através de cores”, afirmou.
Programação oficial
Após o lançamento, a programação oficial da mostra “Amyipaguana” acontece entre os dias 18 e 26 de novembro, no Largo de São Sebastião e no Teatro Gebes Medeiros (avenida Eduardo Ribeiro, Centro). A agenda inclui palestras, oficinas, exibição de documentários etnoculturais e atrações com diferentes linguagens culturais. Todas as atividades terão entrada gratuita.
(*) Com informações da assessoria
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