Manaus, 16 de abril de 2024
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Motoboy é agredido por porteiros de condomínio de luxo do Rio de Janeiro

Motoboy é agredido por porteiros de condomínio de luxo do Rio de Janeiro

Foto: Reprodução Vídeo

Marcos Vinícius Gomes Corrêa foi agredido por usar elevador social do prédio que é permitido apenas para os moradores do local

Na noite desta segunda-feira (29), o motoboy, Marcos Vinícius Gomes Corrêa, 31, foi agredido por porteiros de um condomínio de luxo localizado na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro), o Torre Ernest Hemingway. O motivo da agressão, segundo relatos de Marcos, seria porque o mesmo teria usado o elevador social para sair do prédio após realizar uma entrega.

“Fui agredido pelos porteiros. Meu crime: sai pela entrada social. Como é um prédio redondo, redondo não tem lado. Quando eu saí pela entrada social, o porteiro veio me empurrando me agredindo verbalmente, dizendo que eu não poderia sair por ali”, relatou a vítima.

O rapaz relatou que um dos funcionários tentou acerta-lo com um “porrete”, no primeiro golpe Marcos conseguiu esquivar e revidar, mas em seguida o mais quatro porteiros agredir o motoboy, a vitima afirma que um dos moradores do condomínio também se juntou ao grupo para golpear Marcos. De acordo com o motoboy, esse morador afirmava ser policial.

“Daqui a pouco vieram quatro porteiros me agredir, cinco se juntaram com um morador que se diz policial e começaram a me agredir. Estou cheio de dor aqui, chutaram meu rosto, me deram paulada no braço, estou mancando, meu tornozelo está inchado, minha coluna está doendo”.

Depois do ocorrido, Marcos Vinícius decidiu organizar uma manifestação em frente ao prédio, com ajuda de alguns colegas de profissão. Ele trabalha como motoboy para pagar o curso de aviador, já que é seu sonho se tornar um piloto.
“Trabalho de 10h às 17h em um trabalho e depois em outro de 19h às 1h da madrugada em outro, vou para casa e durmo, já acordo vindo para o meu outro trabalho. Estudo nesse meio tempo de um trabalho para outro, no meu horário de almoço também e nas minhas folgas”, contou Marcos.
Ele relata que decidiu fazer um vídeo mostrando relatando o ocorrido, mas que tem receio de que precise voltar ao local e acabe sofrendo outro tipo de violência.
Em nota, o advogado do condomínio, Bernardo Villas Boas, afirma que o caso está sendo investigado e que estão cooperando com a polícia. E ressalta a preocupação com o estado de saúde de Marcos.
O caso já está sendo investigado pela polícia local.
Com informações: O Dia