Manaus (AM) – Em meio a um cenário global que ainda reflete a desigualdade de gênero, a presença de mulheres em cargos estratégicos do mercado de trabalho brasileiro tem se destacado. Uma pesquisa realizada pela GrantThorton, empresa global de auditoria, revelou que 38% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por mulheres.
Embora o percentual ainda seja considerado baixo, representa um avanço significativo em relação a 2019, quando elas ocupavam apenas 25% das funções de chefia.
Estudos já apontam que a atenção à equidade de gênero poderia não só beneficiar as mulheres, como também impactar positivamente a produção das empresas. Segundo um relatório do instituto McKinsey, uma consultoria global, até US$ 12 trilhões podem ser adicionados ao Produto Interno Bruto (PIB) mundial, até 2025, com o avanço da igualdade entre homens e mulheres.
Nesse contexto, encontramos profissionais como Gisselli Warpuchank, gerente de compras no Grupo Tapajós. “Estar nessa posição é, ao mesmo tempo, um orgulho e um desafio. O grande diferencial é ter a experiência e o conhecimento na posição que exerce. Diante disto, o seu profissionalismo derruba qualquer barreira”, disse.
Para a gerente, a posição inspira outras mulheres da companhia a almejarem a conquista de mais espaços, incluindo aqueles nos quais a presença masculina poderia ser mais comum.
Fora do padrão
Contrariando o padrão brasileiro, dados do RH do Grupo Tapajós revelam que mais da metade (57,44%) do quadro funcional é composto por mulheres. Quando se olha para as posições de chefia, elas vão ainda mais longe: são 68,87% das lideranças.
Jéssica Caroliny da Silva Lima, auxiliar de estoque, é uma das mulheres que trabalha no Centro de Distribuição (CD) da companhia, um espaço que, no passado, já teve 100% de força masculina. Tudo mudou há dois anos, quando a empresa abriu uma seleção exclusiva para contratação de mulheres para esta área.
“Eu comecei na separação, que é um local onde se exige mais força física, e no primeiro momento foi um grande desafio, mas foi esse aprendizado que me abriu oportunidades. Fui promovida e hoje trabalho na logística reversa. Apesar das dificuldades do dia a dia, posso afirmar que somos muito mais fortes do que podem imaginar”, disse.
Hermes Ribeiro de Freitas, coordenador do setor, diz que a presença das mulheres influencia até mesmo na produtividade geral. “Elas frequentemente se destacam pela atenção minuciosa aos detalhes, pela habilidade de promover relações interpessoais sólidas e pela resiliência diante de desafios, transformando isso tudo em produtividade”, comenta.
Elaine de Sousa Araújo, coordenadora de desenvolvimento organizacional do Grupo Tapajós, explica que a presença de mulheres nas funções de liderança da empresa pode ser observada, também, no varejo farmacêutico da companhia.
“Neste setor, essencial para o grupo e engloba as farmácias visitadas pelos clientes, temos a maioria de mulheres na função de gerência farmacêutica, garantindo um atendimento humanizado e a melhor condução do time que está na linha de frente de todo o serviço prestado à população”, disse.
Dado o cenário positivo, considerando que a maioria das posições de liderança são ocupadas por mulheres, Elaine diz que o próprio ambiente se torna a principal política de incentivo para o desenvolvimento de talentos femininos.
“Esse ambiente de trabalho na empresa acaba sendo o principal fator de motivação, afinal, promover essas mulheres a cargos estratégicos na instituição passa por decisões, por uma política de reconhecimento do currículo e do potencial de cada uma delas”, avalia a coordenadora.
No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a empresa celebra essas conquistas reconhecendo o trabalho que ainda precisa ser feito. A luta pela igualdade de gênero continua, e cada passo dado nessa direção é uma vitória.
(*)Com informações da assessoria
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