'Não estarei com aliados de Lula', avisa Plínio após rejeitar palanque de Omar

(Fotos: Andressa Anholete/Agência Senado, Marcelo Camargo/Agência Brasil, Saulo Cruz/Agência Senado)

Manaus (AM) – O senador Plínio Valério (PSDB-AM) anunciou publicamente que não estará no mesmo palanque de Omar Aziz (PSD-AM) nas eleições de 2026, marcando o fim de uma aliança política iniciada em 2018. Apesar de manter a amizade com Omar, Plínio afirmou que os dois seguem caminhos políticos distintos: Aziz apoia o presidente Lula, enquanto ele se mantém independente da base governista.

“Vamos navegar no mesmo rio, mas não no mesmo barco. O Omar apoia o Lula, eu não. Está aliado a pessoas com quem jamais me aliaria”, declarou o senador.

Assista a um trecho da entrevista:

União entre PSDB e Podemos fortalece estrutura partidária

Além de definir sua posição política, Plínio Valério comemorou a fusão entre PSDB e Podemos. A nova estrutura partidária, que deve ser oficializada até outubro, amplia tempo de TV, fundo partidário e presença nacional. No Amazonas, Plínio assumirá o comando da legenda unificada.

“Agora acabou meu problema com tempo de televisão. Com essa união, nasce uma alternativa ao lulismo e ao bolsonarismo”, disse.

O novo partido poderá ainda formar federação com Solidariedade e, possivelmente, com o Cidadania, fortalecendo uma via de centro para as eleições de 2026.

Senador reforça legado e promete independência

Relembrando sua vitória em 2018 — quando foi o senador mais votado do Amazonas — Plínio destacou que venceu sem estrutura partidária robusta, e agora, com base mais sólida, se diz ainda mais preparado para o desafio da reeleição.

“Ganhei de todos eles com pouco recurso. Agora, com estrutura e apoio popular, vamos mais longe.”

Ele afirma já ter enviado mais de R$ 500 milhões em emendas parlamentares ao Estado, com foco em saúde e infraestrutura, e promete continuar priorizando os municípios do interior.

Posicionamento claro contra extremos

Crítico tanto do lulismo quanto do bolsonarismo, Plínio defende uma via política equilibrada, transparente e coerente com os interesses do Amazonas. Ele ainda destacou que não tem motivos para sair do PSDB, partido ao qual se mantém fiel mesmo nos períodos de baixa representatividade.