Manaus (AM) – O número de domicílios no Amazonas chefiados por mulheres aumentou para 50%, segundo dados do Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (25).
Um aumento notável em comparação aos 39,8% registrados em 2010. Este crescimento reflete uma mudança significativa na dinâmica familiar na região, que conta com 1.307.406 domicílios, com uma média de 3,64 moradores por lar.
Em âmbito nacional, o levantamento também mostra um aumento no número de mulheres responsáveis por lares, que alcançou 49,1% no Brasil, somando 36 milhões, em contraste com os 38,7% de 2010. Apesar de os homens ainda serem a maioria (50,9%), a diferença entre os gêneros diminuiu consideravelmente.
A pesquisa destaca que em dez estados brasileiros, a proporção de mulheres à frente dos lares ultrapassa 50%. Entre eles, Pernambuco lidera com 53,9%, seguido por Sergipe (53,1%) e Maranhão (53,0%).
O Censo também revela que o número total de unidades domésticas no Brasil atingiu cerca de 72,5 milhões, um incremento de 15 milhões em relação a 2010. A quantidade média de moradores caiu para 2,8, evidenciando uma tendência de redução no tamanho das famílias.
Marcio Mitsuo Minamiguchi, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, explicou que a terminologia utilizada mudou ao longo do tempo. A figura do “chefe de família” foi substituída por “pessoa responsável”, refletindo as mudanças sociais e familiares atuais.
Entre as unidades domésticas, mais da metade (57,5%) é composta por um responsável e um cônjuge de sexo diferente, enquanto as uniões homoafetivas representaram 0,54% do total, um aumento significativo em comparação aos 0,10% de 2010.
Os dados sobre cor e raça também são relevantes: pela primeira vez, a proporção de responsáveis pardos (43,8%) superou a de brancos (43,5%). Essa mudança reflete a diversificação da população brasileira, que, segundo o Censo, tem se tornado mais parda e preta ao longo dos anos.
O Censo de 2022 também indica que o formato das famílias está mudando, com um aumento das uniões unipessoais, que passaram de 12,2% em 2010 para 18,9% em 2022. Além disso, as unidades nucleares continuam a ser as mais comuns, representando 64,1% do total.
Em termos de distribuição geográfica, o Rio de Janeiro apresentou as maiores proporções de lares unipessoais (23,4%), enquanto o Amazonas teve uma das menores, com 13%.
Essas informações não apenas ilustram as transformações nas estruturas familiares no Brasil, mas também ressaltam a crescente importância das mulheres na liderança dos lares, um reflexo das mudanças sociais em curso no país.
Com informações da Agência Brasil
LEIA MAIS:
- Total de mulheres responsáveis por domicílios cresce, revela Censo
- Câmara aprova divulgação de dados do Censo Escolar e de exames
- Crescimento maior nas vagas para mulheres reduz desigualdade
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.