Manaus, 5 de novembro de 2024
×
Manaus, 5 de novembro de 2024

Cidades

Número de domicílios chefiados por mulheres no Amazonas cresce, revela Censo

Este crescimento reflete uma mudança significativa na dinâmica familiar na região, que conta com 1.307.406 domicílios, com uma média de 3,64 moradores por lar.

Número de domicílios chefiados por mulheres no Amazonas cresce, revela Censo

(Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Manaus (AM) – O número de domicílios no Amazonas chefiados por mulheres aumentou para 50%, segundo dados do Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (25).

Um aumento notável em comparação aos 39,8% registrados em 2010. Este crescimento reflete uma mudança significativa na dinâmica familiar na região, que conta com 1.307.406 domicílios, com uma média de 3,64 moradores por lar.

Em âmbito nacional, o levantamento também mostra um aumento no número de mulheres responsáveis por lares, que alcançou 49,1% no Brasil, somando 36 milhões, em contraste com os 38,7% de 2010. Apesar de os homens ainda serem a maioria (50,9%), a diferença entre os gêneros diminuiu consideravelmente.

A pesquisa destaca que em dez estados brasileiros, a proporção de mulheres à frente dos lares ultrapassa 50%. Entre eles, Pernambuco lidera com 53,9%, seguido por Sergipe (53,1%) e Maranhão (53,0%).

O Censo também revela que o número total de unidades domésticas no Brasil atingiu cerca de 72,5 milhões, um incremento de 15 milhões em relação a 2010. A quantidade média de moradores caiu para 2,8, evidenciando uma tendência de redução no tamanho das famílias.

Marcio Mitsuo Minamiguchi, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, explicou que a terminologia utilizada mudou ao longo do tempo. A figura do “chefe de família” foi substituída por “pessoa responsável”, refletindo as mudanças sociais e familiares atuais.

Entre as unidades domésticas, mais da metade (57,5%) é composta por um responsável e um cônjuge de sexo diferente, enquanto as uniões homoafetivas representaram 0,54% do total, um aumento significativo em comparação aos 0,10% de 2010.

Os dados sobre cor e raça também são relevantes: pela primeira vez, a proporção de responsáveis pardos (43,8%) superou a de brancos (43,5%). Essa mudança reflete a diversificação da população brasileira, que, segundo o Censo, tem se tornado mais parda e preta ao longo dos anos.

O Censo de 2022 também indica que o formato das famílias está mudando, com um aumento das uniões unipessoais, que passaram de 12,2% em 2010 para 18,9% em 2022. Além disso, as unidades nucleares continuam a ser as mais comuns, representando 64,1% do total.

Em termos de distribuição geográfica, o Rio de Janeiro apresentou as maiores proporções de lares unipessoais (23,4%), enquanto o Amazonas teve uma das menores, com 13%.

Essas informações não apenas ilustram as transformações nas estruturas familiares no Brasil, mas também ressaltam a crescente importância das mulheres na liderança dos lares, um reflexo das mudanças sociais em curso no país.

 

Com informações da Agência Brasil

 

LEIA MAIS: