Manaus (AM) – Em nota publicada nesta sexta-feira (22) nas redes sociais da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB-AM), o Conselho Seccional do Amazonas afirmou que são falsas as informações que vinculam a advogada Suiane Vitória da Silva Doce a uma alegada prisão por tráfico de drogas.
“O Conselho Seccional da OAB-AM manifesta repúdio à divulgação de informações inverídicas associando a advogada Suiane Vitória da Silva Doce a uma suposta prisão por tráfico de drogas. Esclarecemos que não houve prisão em flagrante, que a advogada foi ouvida como testemunha e posteriormente liberada, estando em liberdade e colaborando com as autoridades. O Conselho Seccional da OAB/AM reafirma seu compromisso com a defesa das prerrogativas da advocacia e permanece vigilante contra qualquer atentado à liberdade do exercício da profissão.” Diz a nota.
A reportagem do Am1 procurou a OAB Amazonas para se pronunciar além da publicação e buscou detalhes sobre o que houve na noite de quinta-feira. Em resposta foi passado que a nota está em defesa da profissional e reafirma que as notícias sobre o crime são inverídicas.
O caso ocorreu no bairro Colônia Terra Nova, na Zona Norte de Manaus. Na noite de quinta-feira, a Polícia Militar abordou a advogada e seu marido, um homem de 32 anos que não teve o nome divulgado, em um carro, onde policiais militares afirmam ter encontrado dez tabletes de cocaína escondidos no veículo.
O casal foi encaminhado ao 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP). No local, o delegado Mário Luiz Campos Monteiro Júnior realizou o flagrante do homem, segundo o G1 Amazonas, a advogada foi liberada.
Já nesta sexta-feira (22), o homem de 32 anos passou por uma audiência de custódia, durante a qual o juiz Rivaldo Matos Norões Filho homologou sua prisão em flagrante, convertendo-a em preventiva. Além disso, o magistrado determinou que o Ministério Público investigue a conduta do delegado responsável pela liberação da mulher. A solicitação foi feita pelo promotor plantonista José Felipe Fish, que questionou a falta de justificativa para a liberação da advogada.
O que diz a Polícia Civil?
A reportagem procurou a Polícia Civil e pediu mais informações sobre o caso já que há muitas informações desencontradas. Ainda não houve uma resposta até a publicação desta matéria.
A assessoria de comunicação da Polícia Militare do Amazonas (PMAM) publicou um realease afirmando ter ocorrido uma prisão. A manchete: Polícia Militar do Amazonas prende advogada com cerca de 10 quilos durante patrulhamento na zona norte.
A PMAM afirma que com o casal foram apreendidos 10 quilos de cocaína avaliados em R$ 180 mil. A reportagem do AM1 também procurou Suiane por meio do número disponibilizado no Cadastro Nacional de Advogados (CNA) mas não houve retorno.
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