Manaus, 17 de maio de 2024
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Esportes

Pela primeira vez, José Aldo admite que a hora de parar está chegando

Amazonense tem luta importante neste fim de semana.

Pela primeira vez, José Aldo admite que a hora de parar está chegando

José Aldo, aos 34 anos, esbanja a mesma confiança e tranquilidade que um dia o levou ao topo do UFC. Após encerrar uma era de oito anos no peso-pena, o brasileiro se aproxima do topo novamente, agora na categoria dos galos. Ele enfrenta Merab Dvalishvili neste sábado, no UFC 278, nos Estados Unidos. Uma vitória o colocará em uma nova disputa pelo cinturão da organização, dois anos depois de sua derrota para Petr Yan, quando foi desafiante do peso-galo.

Mas apesar do desempenho, o lutador amazonense reconheceu que está chegando a hora de parar. No passado, Aldo traçou seu plano de carreira para encerrar aos 35 anos. Com 34, a data preestabelecida está cada dia mais próxima. Mesmo ainda competindo em alto nível, admite que não pensa em voltar atrás em sua ideia. “Eu sei que vou vencer (o cinturão), mas independentemente do título, foi um plano que tracei assim que entrei no UFC e no MMA”, afirmou. “Eu converso com meus amigos, meus familiares, e eles entendem minha visão. Agora é aproveitar esse momento.”

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Aldo garante que o início de uma despedida dos sonhos começa neste sábado, com a vitória sobre Dvalishvili. “Meus últimos treinamentos são focados para eu me despedir do UFC como um campeão, lugar no qual nunca deixei de estar”, afirma o brasileiro. A última vez que esteve com o cinturão, ainda na categoria dos pesos-leves, foi em 2016, com o título interino da categoria.

Ainda sem planejar um “local perfeito” para dar adeus ao octógono, Aldo não esconde que o Brasil e o Rio de Janeiro enchem seus olhos. “A nossa torcida é diferente, seria algo perfeito”, conta. Em janeiro, o País e o Estado voltam a receber um evento da organização, após quatro anos de hiato.

“É diferente dessa vez. Quando era jovem, tinha muita fome de vencer, de derrotar meus adversários. Claro, sigo com sede para conquistar o cinturão, mas hoje jogo com a experiência ao meu lado”, contou. “O nome que eu construí ao longo desses anos no UFC impõe respeito a qualquer adversário.”

(Foto: Divulgação/UFC)

Dvalishvili, rival deste sábado, está invicto desde 2018, mas José Aldo garante que isso não o assusta, muito pelo contrário. “Tabus existem para serem quebrados”, avisou, convicto, o brasileiro. “Assim como eu já perdi a minha invencibilidade uma vez, ele vai cair neste sábado. Sempre com muito respeito ao adversário, mas treinei muito forte para viver esse momento mais uma vez.”