Manaus, 28 de março de 2024
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Cidades

Plano de revitalização do Centro Histórico é apresentado no Encontro Regional

O objetivo do plano de revitalização nomeado de “Nosso Centro” é criar oportunidades de negócios, histórias e vida

Plano de revitalização do Centro Histórico é apresentado no Encontro Regional

Foto: Divulgação

MANAUS, AM – O Centro Histórico de Manaus vai passar por uma reforma, assim foi apresentado pela Prefeitura de Manaus. O plano de revitalização foi exposto pelo diretor do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro, durante sua apresentação no Encontro Regional Manaus do Connected Smart Cities & Mobility, iniciativa da Necta, debatendo sobre as iniciativas de smart cities, nesta terça-feira (6). O encontro ocorreu de maneira on-line.

“Dentro da revitalização temos o Plano Habitacional para o Centro, que parte da premissa que deve ter habitação para todos, de todas as classes, onde possa ser proporcionada moradia tanto para uma pessoa que trabalha na área de limpeza quanto para um diretor de uma grande rede de lojas varejistas, por exemplo. Isso é algo que nunca aconteceu em nenhum governo, proporcionar esse tipo de política pública relacionada à habitação. A ideia é exatamente colocar as pessoas de volta ao Centro para morar e essas pessoas, para facilitar a mobilidade, devem trabalhar no bairro, para que possam tanto utilizar a mobilidade ativa que falamos. A caminhabilidade, a ciclomobilidade, os pequenos deslocamentos”, explicou o diretor.

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O programa “Nosso Centro” é uma das metas dos 100 dias de gestão do prefeito David Almeida. O objetivo do programa é criar oportunidades de negócios, histórias e vida. O plano está sendo coordenado pelas secretarias municipais do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi) e de Finanças e Tecnologia da Informação (Semef), além da Fundação de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).

“Ao mesmo tempo em que se revitaliza um imóvel abandonado, está se dando uma nova função social a um prédio, mas também está havendo redistribuição das pessoas no território. Geralmente pessoas de baixo poder aquisitivo moram em áreas periféricas e sofrem principalmente com o deslocamento na cidade”, comentou Pedro Paulo.

O diretor ainda pontua a revitalização vai aproximar moradia e atividade, com ganho de qualidade de vida, potencialização de novos usos mistos de comércio, serviços e qualificação de áreas públicas. “A mobilidade não pode ser olhada apenas pelo deslocamento e transporte de pessoas e cargas. Tem que ser olhada pela questão social. Se uma pessoa leva quatro horas no trânsito para ir e voltar do trabalho, todos os dias, em uma década terá passado um ano dentro de um ônibus”, comparou o diretor do Implurb.

“Vamos dinamizar o território. Esse é o grande objetivo do plano habitacional do prefeito David Almeida, um plano piloto, para ser replicado em outras áreas. Precisamos reocupar a cidade. E reocupar com soluções inteligentes, práticas sustentáveis, uso de energia solar, reuso de água da chuva”, comentou.

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Várias metrópoles e grandes cidades mundiais se tornaram referência do tipo de programa pensado para o “Nosso Centro”, implantando o conceito de livability, ou locais mais agradáveis para se viver. Uma delas é a cidade australiana de Melbourne, que passou por transformações nos últimos 15 anos que modificaram o espaço, incluindo segurança, saúde, a facilidade de caminhar, construção de edifícios habitacionais e uma rede comercial de apoio.

(*) Com informações da assessoria