
(Foto: Carlos Moura/Agência Senado)
Brasília (DF) – Em seu discurso na tribuna do Senado, hoje, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) acusou o Ibama, agora armado com armas de guerra, a Funai e ONGs, como o ICMBio, de estarem tocando o terror contra pequenos proprietários de terras no Amazonas e em toda a região Norte, para inventar, sem lastro legal, novas reservas ambientais e ter o que mostrar na COP 30, a ser realizada em novembro, em Belém, para mostrar serviço e arrecadar mais dinheiro de grandes fundos internacionais e potências europeias interessados em manter a Amazônia intocada.
Mais recentemente, Plínio pediu a intervenção do Ministério Público do Amazonas e levará também à Procuradoria-Geral da República denúncias feitas por pequenos agricultores e proprietários de terras assentados pelo Incra há mais de 20 anos, que estão sendo expulsos com requintes de crueldade e perdendo tudo que construíram ao longo da vida para manter suas famílias.
“Eu estou falando dos produtores do Município de Apuí, no meu estado, também agora estendendo ao Município de Lábrea, que começou a passar pela mesma coisa. São várias operações passando-se ao mesmo tempo no país, mas só na Região Norte. Casas queimadas, equipamentos destruídos, currais incendiados, famílias expulsas, sem nenhum direito, como acontece, que a gente viu na CPI das ONGs, no Acre, no Pará, no Amazonas. Nada mudou. Se mudou, foi para pior”, denunciou Plínio.
Plínio disse que continuará recorrendo ao Judiciário para barrar as injustiças, para se contrapor justamente às ações sempre acolhidas no Ministério Público, impetradas por ONGs e órgãos ambientais para barrar o desenvolvimento da região, como é o caso do potássio em Autazes, a exploração do gás, ouro e, agora, liminar contra a exploração do petróleo na margem equatorial.
O alvo desse recrudescimento, disse Plínio, é mostrar serviço na COP 30.
“E agora, exercitando e executando o plano final, que é mostrar serviço para ser exibido na COP, em Belém, para serem exibidos os números, para que solicitem mais dinheiro. Esse é o objetivo. Então, olha só: operações tocando fogo, expulsando — é muito bonito para a Noruega, é muito bonito para a Dinamarca, para a Holanda, para o Canadá, para a Alemanha, Estados Unidos, a Inglaterra, que financiam essa gente para isso. Então, lá, na época, o pessoal da Funai, o pessoal do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente vão mostrar números: “Nós fizemos isso”, “nós fizemos aquilo”, “nós estamos cuidando, expulsando os invasores”. Invasores? Quem? Invasores? Quando, se estavam lá antes da reserva?”, protestou Plínio.
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