Manaus, 17 de maio de 2024
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Polêmica: diretor-geral da OMS lança apelo a favor do direito ao aborto

Segundo informações da OMS, os abortos inseguros causam cerca de 39 mil mortes por ano em todo o mundo

Polêmica: diretor-geral da OMS lança apelo a favor do direito ao aborto

Foto: Divulgação

Em uma publicação feita na rede social Twitter, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), lançou na ultima quarta-feira (4), um apelo em favor do direito ao aborto, questionado nos Estados Unidos (EUA) por um projeto acórdão do Supremo.

“Restringir o acesso ao aborto não reduz o número de procedimentos. A restrição leva mulheres e jovens a recorrerem a procedimentos perigosos”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus em mensagem publicada no Twitter, sem fazer citar de forma direta o EUA.

O diretor-geral defende que “as mulheres devem sempre ter o direito de escolha quando se trata dos seus corpos e da sua saúde”. E acrescenta que “O acesso a um aborto seguro pode salvar vidas”.

Segundo informações da OMS, os abortos inseguros causam cerca de 39 mil mortes por ano em todo o mundo e que resultaram na hospitalização de outros milhões de mulheres devido a complicações.

Em suas maioria, as mortes está centralizado nos países de baixo rendimento – mais de 60% na África e 30% na Ásia – e entre pessoas mais vulneráveis.

Para a OMS, os dados disponibilizados, mostram que as restrições no acesso ao aborto não reduzem o número de procedimentos.

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Em seu portal oficial na internet, a ONU também informa que os países com as restrições mais grave, apenas um em cada quatro abortos é seguro, em comparação com quase novo em dez países onde ocorrem o procedimento amplamente legalizado.

A OMS divulgou novas diretrizes sobre os cuidados necessários com o aborto, no início de março, com o objetivo em proteger a saúde das mulheres e jovens na ajuda a prevenção de mais de 250 milhões de procedimentos inseguros que ocorrem atualmente, todos os anos, no mundo.

Foram reunidos mais 50 recomendações relacionadas à prática clínica, prestações de serviços de saúde e a intervenções legais e políticos no apoio a assistência ao aborto com qualidade.

Com informações do jornal norte-americano Politico, na última segunda-feira (2), faz citação a documentos não publicados, que o Supremo Tribunal dos EUA prepara-se para anular a decisão histórica de 1973, que reconhece o direito aos aborto.

O diário afirma que recebeu o projeto de decisão, do juiz conservador Samuel Alito e com data do dia 10 de fevereiro, que está em fase de negociação e tem divulgação prevista para antes de 30 de junho.

O processo Roe V. Wade, já ocorre há cerca de meio século e sustentava que a Constituição dos EUA, protegia o direito da mulher ao fazer o aborto, e, era “totalmente sem mérito desde o início”, de acordo com o documento citado pelo jornal.

Caso a conclusão seja aceita pelo Supremo Tribunal, os Estados Unidos voltará a situação que existia antes de 1973, quando cada um dos estados era livre para proibir ou autorizar a realização de abortos. Sendo considerado uma grande divisão geográfica e política sobre a questão, a previsão será será que metade dos estados, em especial no Sul e Centro conservadores, seja proibido rapidamente o processo.

*Com informações da Agência Brasil