A Polícia Civil de Alagoas identificou o suspeito de matar a transsexual Jasmyne da Silva, de 20 anos. O caso aconteceu no dia 8 de janeiro, após a jovem ter um encontro sexual e ser encontrada morta pela manhã seguinte em um terreno baldio em Maceió, Alagoas.
Jasmyne foi assassinada brutalmente com uma arma branca, no mês em que exaltaria seus direitos; esse é o primeiro caso de assassinato de transexual em Alagoas neste ano
Jasmyne trabalhava como garota de programa e seu corpo foi encontrado com inúmeras perfurações de facadas, principalmente rosto, peito e barriga em um terreno baldio na manhã seguinte, no dia 9 de janeiro, no bairro Tabuleiro dos Martins.
Segundo relato de amigas e companheiras de trabalho de Jasmyne, o suspeito de matá-la era seu cliente e já havia contratado seus serviços de programa sexual outras vezes.
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De acordo com informações do delegado Fábio Costa, responsável pelo caso, o suspeito identificado como Márcio José Barbosa de Melo confessou o assassinato de Jasmyne. Entretanto, não foi preso por não ter sido flagrante ou ter mandado de prisão.
O mandado de prisão foi expedido 24 horas depois da confissão, mas como o suspeito havia sido liberado, fugiu. Segundo o delegado, a Polícia Civil trabalha com a hipótese que ele possa ter fugido para outros estados.
Márcio José Barbosa de Melo é considerado de alta periculosidade. O homem tem diversas passagens pela polícia, já foi preso e responde por crimes de tentativa de homicídio,homicídio consumado e crime de ameaça contra mulher.
A Polícia Civil de Alagoas procura pelo foragido acusado de matar Jasmyne, que não descarta que o crime de homicídio pode ter sido motivado por transfobia.
Em caso de informações sobre o paradeiro de Márcio José, entre em contato com a Polícia Civil de Alagoas ou o telefone 181.
Mês da Visibilidade Trans
Janeiro é o Mês da Visibilidade Trans, um mês de reflexões, atos contra a transfobia e luta por direitos que garantam respeito à população transexual.
Infelizmente, a vida de Jasmyne foi interrompida brutalmente com uma arma branca no mês em que exalta seus direitos como trans e o primeiro caso de assassinato de transexual no estado de Alagoas em 2022. O Brasil continua sendo um dos países que mais mata travestis e transexuais no mundo, onde o direito à vida dessas pessoas é constantemente ameaçado e a violência é uma realidade. Justiça por Jasmyne
.Morte de trans e travestis em Alagoas
Em 2020, a morte de transexuais e travestis assassinadas aumentou 300% comparado ao ano anterior, de acordo com dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra).
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