Manaus, 18 de maio de 2024
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Brasil

Policiais fazem selfies com um dos traficantes mais procurados do Rio

Policiais fazem selfies com um dos traficantes mais procurados do Rio

Rogério 157 foi preso nesta quarta-feira (Foto: EBC)

Rio de Janeiro – A corregedoria interna da Polícia Civil abriu um processo para apurar a divulgação de selfies e fotos de policiais civis com o traficante Rogério Avelino de Souza, o Rogério 157, preso na manhã desta quarta-feira (6). As fotos tiradas pelos policiais com o traficante detido circularam nas redes sociais e, na visão do secretário de segurança pública, Roberto Sá, são fruto de “euforia”.

Rogério 157 foi preso nesta quarta-feira (Foto: EBC)

“A gente não deve glamourizar criminosos. Ele é mais um dos 4 mil criminosos que as polícias prendem por mês, mesmo com a escassez de recursos. Mas é emblemática, sim, essa prisão. Então, houve uma euforia, uma alegria, que é muito possível pelas fotos que tenha passado do ponto”, disse Sá.

O chefe da Polícia Civil, Carlos Leba, informou que os policiais envolvidos prestarão esclarecimentos em oitivas.O secretário defendeu que é preciso “compreender a euforia”, mas enfatizou que qualquer tipo de ato que “glamourize” criminosos deve ser reprovado.

“O evento já é objeto de apuração pela corregedoria interna, inclusive motivando a oitiva das pessoas envolvidas, porque entendemos que o que sai do protocolo tem que ser objeto de esclarecimento e aperfeiçoamento”, disse Leba.

Traficante é preso

As forças de segurança do Rio prenderam Rogério 157 na favela do Arará, zona portuária do Rio. Ele era um dos traficantes de drogas mais procurados da cidade e, há dois meses, provocou uma guerra na comunidade, depois de deixar a quadrilha de Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha.

Com essa atitude, Nem deu ordens de dentro de um presídio federal fora do Rio, onde está preso desde 2011, para que integrantes de sua quadrilha invadissem a Rocinha com o apoio de homens de outras comunidades, ligados à mesma facção criminosa, o que resultou em uma verdadeira guerra.

Depois de várias tentativas de ocupar a comunidade, o governador Luiz Fernando Pezão pediu apoio ao presidente Michel Temer que enviou tropas das Forças Armadas. Elas ocuparam a comunidade no dia 22 de setembro.

Rogério 157 foi preso na comunidade do Arará, onde estava escondido. A favela vive uma guerra pelo tráfico de drogas há mais de um mês. Recentemente, bandidos armados tentaram furar um bloqueio em frente ao Arsenal de Guerra do Exército, na zona portuária, e quatro deles acabaram mortos no confronto com os militares.

A barricada com mais de 100 homens do Exército foi montada no local para evitar que traficantes tentassem invadir o paiol de armas e munições do Exército. Em outra ação mais recente, homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar mataram sete criminosos no Arará e apreenderam 14 fuzis.