Os vereadores Sargento Bentes Papinha, Fred Mota, Claudio Proença e Mirtes Salles (suplente que se titularizou na vaga este ano), todos do PL, tiveram seus mandatos cassados nesta quarta-feira, 21, por conta de denúncias de irregularidades na campanha eleitoral de 2016, quando foram eleitos para a Câmara Municipal de Manaus (CMM).
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Eleitoral do Amazonas e, julgada e acatada pela da 37ª Zona Eleitoral, Kathleen dos Santos Gomes. Em seu despacho, a magistrada alegou constar fraude no registro de candidaturas durante a eleição de 2016. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico e cabe recurso.
A perda do mandato atinge também a deputada estadual e líder do governo Wilson Lima (PSC), Joana D’Arc, que foi eleita vereadora nessa eleição de 2016.
Em nota, a parlamentar declarou que “fui eleita de maneira justa e democrática em 2016 para ser vereadora, e em 2018 recebi mais uma vez o voto de confiança da população do Amazonas para que pudesse representar o povo na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas.”
O Amazonas1 procurou os quatro vereadores cassados, mas somente Mirtes Salles – primeira suplente do partido e que entrou na vaga deixada por Joana D’Arc – se manifestou.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a vereadora respondeu que não existe denúncia alguma de crime cometido por ela naquela eleição. “Inclusive, tive minhas contas aprovadas pelo TRE-AM”, disse na nota.
“Estou tranquila em relação a minha história política e ao trabalho que desenvolvi em mandatos anteriores, e venho desenvolvendo ao longo desses 7 meses”, acrescentou Mirtes.
“Minha defesa será feita e confio na Justiça do meu Estado, afinal, sou, e sempre fui defensora dos direitos do cidadão por entender que todos têm direito à defesa”, concluiu a vereadora.
Os demais vereadores não foram encontrados para comentar a decisão e, também não se manifestaram em suas redes sociais.
Nota de Fred Mota
O vereador Fred Mota disse que não tem muito conhecimento do caso, já que é um problema com o partido que acabou abrangendo todos os membros, “independente de participação ou culpa de qualquer um dos vereadores”, disse o parlamentar em nota emitida para a imprensa.
“Infelizmente, a decisão foi de punir os parlamentares por um suposto erro praticado pelo Partido. Continuo com o compromisso de estar com as mãos limpas e me manter fora de qualquer tipo de falcatruas que possam macular a minha imagem”, acrescentou o vereador. Ele concluiu dizendo que confia na justiça e quer que tudo seja esclarecido.
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