Manaus, 3 de maio de 2024
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Política

Doria diz que torce pelo bem do país e não pelo tropeço de Bolsonaro

O governador disse trabalhar em conjunto com o governo Bolsonaro, "mesmo sem alinhamento político".

Doria diz que torce pelo bem do país e não pelo tropeço de Bolsonaro

(Foto: Reuters)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que continua mantendo boas relações com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e com os ministros de seu governo. “Sou brasileiro e torço pelo bem do meu país. Não torço pelo tropeço do Bolsonaro”, afirmou.

Ao final de uma reunião com o ministro de Relações Internacionais da França, Jean-Yves Le Drian, nesta terça-feira (30) em São Paulo, o governador disse trabalhar em conjunto com o governo Bolsonaro “mesmo sem alinhamento político”.

Doria voltou a afirmar que a declaração do presidente sobre a morte do pai de Felipe Santa Cruz, presidente da OAB (Ordem Geral dos Advogados do Brasil), foi infeliz, mas que o país precisa de paz para retomar seu crescimento e aprovar as reformas da Previdência e tributária. Fernando Augusto Santa Cruz desapareceu em fevereiro de 1974, durante a ditadura militar (1964-1985).

“Um clima de confronto permanente não ajuda os brasileiros que precisam de emprego”, disse o governador.

Nesta segunda-feira (29), Doria disse ser “inaceitável que um presidente da República se manifeste da forma que se manifestou em relação ao pai do presidente da OAB”.

Ao reclamar sobre a atuação da entidade na investigação do caso de Adélio Bispo, autor do atentado à faca do qual foi alvo, Bolsonaro disse, nesta segunda-feira, que poderia explicar a Santa Cruz como o pai dele desapareceu durante a ditadura militar.

“Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB? Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Conto pra ele.”

Horas depois, no mesmo dia, Bolsonaro afirmou que não foram os militares que desapareceram com o pai do presidente da entidade. Segundo o presidente, foram integrantes da Ação Popular, grupo de esquerda do qual Fernando Santa Cruz fazia parte, que desapareceram com ele.

*Informações retiradas da Folhapress