Manaus, 21 de maio de 2024
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Manaus, 21 de maio de 2024

Cidades

Professor é preso por tráfico ao tentar enviar drogas dentro de livro

Professor é preso por tráfico ao tentar enviar drogas dentro de livro

O professor Caio Fernando Rossi, de 32 anos, foi preso em flagrante por tráfico de drogas na agência central dos Correios de Santo André, em São Paulo, quando se preparava para enviar duas cartas com doses de LSD, maconha e MDMA, anfetamina popularmente conhecida no Brasil como “Michael Douglas”.

Ele passou por audiência de custódia no fórum da cidade, e a Justiça decidiu pela prisão preventiva do professor, que foi levado para Centro de Detenção Provisória de Santo André.

De acordo com a Polícia Civil, o professor despachava drogas para vários estados brasileiros, sempre por meio de correspondências. Uma das estratégias usadas por Rossi era esconder os entorpecentes dentro de livros com histórias em quadrinhos do personagem Tex, pois a publicação tinha o tamanho exato dos envelopes que usava para acondicionar as drogas.

Foi no meio de duas das 260 páginas de uma edição da HQ de velho oeste, em preto e branco, que ele pretendia enviar para uma cliente em Curitiba, no Paraná, três doses de LSD e um saco com MDMA granulado.

Na outra correspondência do professor, o destino seria um cliente em Alvorada, no Tocantins. Desta vez a droga estava em uma caixa revestida de fita adesiva plástica com um pedaço de papel com várias doses de LSD e duas porções de maconha.

Tanto a carta como a correspondência com a caixa tinham como remetente o nome de “Henry Heitor Igor Viana”. A investigação apura a veracidade do nome ou se se trata de um codinome usado pelo professor.

No momento em que foi preso na agência dos Correios, Rossi estava com uma mochila, também recheada de drogas. Os policiais militares encontraram dois sacos com maconha, um saco plástico com a inscrição “3G Marroquino” com haxixe, um pacote plástico com uma cartela branca com flores coloridas de LSD, uma outra embalagem plástica coma inscrição “1G MDMA”.

De acordo com a investigação, o professor sabia o que tinha na mochila e, principalmente, o que estava despachando no balcão dos Correios de Santo André. Foi ele que ajudou os policiais a identificar cada um dos entorpecentes apreendidos.

O que ele não sabia é que a Polícia Federal (PF) já monitorava as ações dele havia alguns meses. Ele é alvo de uma investigação da Superintendência de Goiás da PF, que não divulgou detalhes sobre o caso.

A prisão dele só foi possível porque a PF de Goiás enviou aos Correios de Santo André uma foto do professor, nome, dados pessoais e um resumo de como ele costumava agir. No comunicado, havia a recomendação para que, assim que ele entrasse na agência postal, a Polícia Militar fosse acionada imediatamente para prendê-lo.

Estoque de drogas

O professor foi levado pelos policiais até a casa dele e sua namorada, Katia Aparecida, abriu a porta, permitindo a entrada dos policiais. Durante a revista no imóvel, ela mostrou onde o professor armazenava o restante das drogas. Ela prestou depoimento apenas como testemunha.

Na casa, os policiais apreenderam, em uma pequena mesa no canto da sala, quatro potes de vidro e seis sacos plásticos, todos com maconha, uma caixa com 416 comprimidos de ectasy, um saco com a inscrição “Jurema” cheio de haxixe e um pote de vidro também com haxixe. A polícia encontrou também, 17 cartelas de vários tamanhos de LSD e dois tubos da mesma droga lisérgica, só que líquida.

O professor também tinha armazenado sete sacos de N-dimetiltriptamina, conhecida como DMT, oito sacos de com MDMA e um saco com a inscrição “LSA”.

Segundo a Polícia Civil, o professor fazia um controle contábil em um caderno, que foi apreendido. Na casa também foram encontrados R$ 2,4 mil em dinheiro, além de comprovantes de depósitos bancários nos valores de R$ 782, R$ 665 e R$ 1.330.

*Informações retiradas do G1