

Wilson Alecrim, Pedro Elias e Raul Zaidan estão entre os prestos da operação Custo Político (Reprodução/Internet)
Coluna Cenário
A investigação do Ministério Público Federal (MPF) em parceria com a Polícia Federal (PF) apontou que o esquema de corrupção na Secretaria de Estado de Saúde (Susam) – que veio à tona na operação Maus Caminhos – bancou além do repasse de valores, que somam cerca de R$ 20 milhões, vinhos de alto valor, ingressos para shows de artistas nacionais e jogos da Copa do Mundo de 2014, diárias de hotéis de luxo em Brasília e no Rio de Janeiro e disponibilização de carros de luxo com motorista em São Paulo.
Os benefícios eram usufruídos pelos investigados como retribuição por contribuírem com o esquema de corrupção na Saúde. Segundo o MPF, os investigados eram pagos com dinheiro público para acobertar e colaborar com os desvios de verba feitos pelo grupo liderado por Mouhamad Moustafa, principal réu da operação Maus Caminhos. Além de Moustafa, foram presos, ontem, os ex-secretários da Saúde, Wilson Alecrim, Pedro Elias, os ex-secretários da Casa Civil, Raul Zaidan, Evandro Melo, e existe um mandado de prisão contra o ex-secretário da Sefaz, Afonso Lobo.
Os bens apreendidos pela operação policial incluem carros de luxo, obras de arte e uma aeronave. O bloqueio de bens e valores determinado pela Justiça soma R$ 67 milhões. Todas as medidas solicitadas pelo MPF e atendidas pela Justiça têm por objetivo colher de mais provas para a instrução dos processos penais. A partir dos relatórios resultantes da operação, o MPF poderá oferecer denúncia criminal contra os investigados para que possam ir a julgamento.
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