A aquisição expandiria os investimentos da Qatar Airways na direção da América do Norte, em um cenário de turbulências diplomáticas e concorrência global. (Foto: Reprodução/ Internet)
Menos de 20 dias após uma crise diplomática entre países árabes e o Qatar, acusado de apoiar o terrorismo, instaurar um caos aéreo, a estatal Qatar Airways anunciou ontem a intenção de comprar 10% da American Airlines. Em carta aos funcionários, o diretor executivo da empresa americana, Doug Parker, disse não estar “particularmente empolgado” sobre o interesse da aérea qatari.
A aquisição expandiria os investimentos da Qatar Airways na direção da América do Norte, em um cenário de turbulências diplomáticas e concorrência global.
O Qatar e quatro países árabes protagonizam a pior crise diplomática da região em anos. Além de restrições de espaço, companhias dos Emirados e uma saudita cancelaram as operações com destino e origem no Qatare, em resposta, a Qatar Airways suspendeu voos para a Arábia Saudita.
Separadamente, American Airlines, United e Delta acusaram, repetidas vezes, a Qatar e outras rivais regionais da estatal de se beneficiarem de grandes subsídios governamentais.
Ações fecham em alta
Em comunicado, a aérea qatari disse ver uma “forte oportunidade de investimento na American e que “pretende construir uma posição passiva na empresa sem envolvimento na gestão, operação ou governança”.
Em documento regulatório, a American disse que o investimento potencial seria de pelo menos US$ 808 milhões e daria à Qatar Airways fatia similar à da Berkshire Hathaway do megainvestidor Warren Buffett. A compra, segundo a American, depende de aval de seu conselho.
A notícia fez as ações da American subirem mais de 5% antes do início dos negócios. Os papéis encerraram com alta de 1,12%, a US$ 48,97.
Fonte: Extra
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